Fotos: Roberta Aline/Cidadeverde.com
A Secretaria de Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi) iniciou, nesta quinta-feira (27), ações de abordagens para monitorar venezuelanos flagrados com crianças nos semáforos de Teresina.
No balão do Dirceu, na BR- 343, um grupo de cinco venezuelanos se evadiu do sinal após a chegada das agentes de proteção social (APS). Hoje foi o primeiro dia de ações externas nas ruas. O trabalho envolve quatro conselhos tutelares e quatro APSs. A atividade deve continuar pelos próximos 10 dias.
"Quando chegamos bem cedo encontramos um grupo de cinco venezuelanos e não havia nenhuma criança pequena. Havia uma que parecia ser adolescente mas quando tentamos nos aproximar eles correram", contou Laila Paiva, chefe de Divisão de Média Complexidade da Semcaspi.
Segundo a Semcaspi, 70 dos 159 venezuelanos são crianças e adolescentes.
Caso o trabalho educativo de sensibilização não funcione para alguns casos, o poder público deve conduzir os menores para os abrigos. "Se isso continuar aí sim o Conselho Tutelar terá que tirar a criança da rua e levar junto com a mãe para o espaço onde eles estão com a família", revela Laila.
Dispersão
A ação educativa coibiu a presença dos imigrantes nos sinais nesta quinta-feira (27). A reportagem do Cidadeverde.com foi até pontos de coleta de pedidos como Joaquim Nelson, Ponte Wall Ferraz e Avenida Cajuína e não encontrou nenhum grupo de venezuelanos.
A exposição dos menores em situação de mendicância viola o Estatuto da Criança e do Adolescente. Em entrevista ao Cidadeverde.com, nessa quarta-feira (26) o secretário municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), Samuel Silveira, confirmou o uso da Guarda Municipal, em caso de resistência, para a condução dos grupos de volta paras os abrigos onde estão alojados.
"Não viemos para punir ninguém. Nossa ação inicial é orientar, conversar com eles para que evitem a presença de crianças nas ruas", explicou Laila Paiva.
Abrigos
Segundo Laiana cerca de 159 venezuelanos estão distribuídos em cinco abrigos em Teresina. No Serviço de Convivência do KM 7 são 32 imigrantes, no Centro Piratininga no Poti Velho, 43, e na Pastoral de Rua, 25 venezuelanos. Outros 30 estariam em um abrigo do MP3, e mais 29 imigrantes em uma casa no Mocambinho.
"Vamos entregar a reforma do CSU do Buenos Aires no domingo (30). A previsão é que 100 dos abrigados sejam transferidos para lá. A previsão é dos locais onde a situação é mais insalubre sem priorizados, como a casa no Mocambinho", informou Laila.
Trabalho
Para criar alternativas de renda, a Semcaspi afirmou estar fazendo um levantamento das habilidades dos imigrantes. "Alguns são agricultores,outros artesão. Podem estar vendendo o que produzem para sustentar sua própria família e sair do espaço da rua", destaca Laila. A secretaria está buscando grupos de artesão que possam inserir os venezuelanos e recursos para aquisição de matéria-prima.
Flash Valmir Macêdo
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