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Confronto com a Argentina em BH marca carreira de Coutinho e Tite na seleção

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O jogo entre Brasil e Argentina marcado para a próxima terça-feira (2) no Mineirão, pela semifinal da Copa América, é simbólico para Philippe Coutinho e Tite. Foi justamente em um duelo entre as duas seleções em Belo Horizonte que o meio-campista se destacou e nunca mais foi esquecido pelo treinador.

Aquele 3 a 0 nas Eliminatórias da Copa, em novembro de 2016, foi marcado pela excelente atuação do hoje atleta do Barcelona e um golaço que sempre foi sua marca registrada - a rápida puxada para o lado e um chute certeiro de fora da área.

De lá para cá, Coutinho manteve um excelente nível de atuação até o Mundial e se tornou intocável na caminhada na Rússia.

Depois, no entanto, Coutinho caiu. Especificamente na temporada 2018/19, o camisa 11 da seleção brasileira teve um dos piores anos na Europa. Não à toa, virou capa de jornais na Espanha. Várias delas diziam que o Barcelona estava arrependido do investimento de mais de R$ 600 milhões para tirá-lo do Liverpool.

Na seleção, Coutinho virou um dos pontos mais questionáveis de Tite no trabalho pós-Copa. Mesmo com o desempenho ruim, no entanto, ele foi mantido. O ponto alto das críticas foi na convocação para os amistosos de março, contra Panamá e República Tcheca.

O treinador sempre explicou a insistência no camisa 11 e ele não escondia a confiança na volta por cima desde então.

"O Coutinho criou uma expectativa muito alta na gente. Desde a eliminatória, ele teve uma temporada muito alta. Agora, ele está pagando o preço do padrão alto que ele teve. Por ser diferenciado, ele tem uma manutenção porque é de confiança, o técnico sabe que ele pode render. 

Talvez, o técnico tenha complacência porque sabe que qualidade tem, nível de maturidade ele tem", afirmou o comandante na ocasião.

Na coletiva após o jogo contra o Paraguai na última quinta-feira, Tite foi novamente questionado sobre a qualidade do futebol apresentada por Coutinho durante esta Copa América. É nítido que o meio-campista evoluiu, mas ele ainda não brilha como a comissão técnica esperava.

"Eu sempre disse que sabia da condição dele e que ele podia produzir mais. Contra o Paraguai, ele fez um grande jogo no primeiro tempo e vai poder crescer neste processo", disse o técnico, para depois explicar o motivo para manter Coutinho centralizado e não pela ponta como foi durante a Copa do Mundo.

"A dinâmica da equipe mudou muito. Agora, temos jogadores de lado como Willian, Neres, Everton... E jogadores centrais de articulação? A bola às vezes não chega nos homens da frente, mas no segundo tempo chegou mais. É uma delas que entra e eles decidem", finalizou.

Mais que a vaga na sonhada final da Copa América, o que Tite e Coutinho esperam para terça-feira é reencontrar os melhores dias na seleção brasileira.

DANILO LAVIERI, MARCEL RIZZO E PEDRO LOPES
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

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