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Promotores lançam carta de apoio ao MP e fala em ataques no Piauí

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Foto: MP/PI

Os promotores de Justiça do Piauí divulgaram carta em defesa da atuação do Ministério Público.  No texto, a categoria afirma que é alvo de ataques.

“Em tempos em que tentam fazer do certo o errado, e do errado o certo, membros do Ministério Público seguem sendo alvos diletos daqueles que alugam sua consciência àquilo que é monetário e subordinam seu agir a interesses estranhos àquilo que é coletivo e republicano”, diz o texto.

Veja Carta: 
Em tempos em que tentam fazer do certo o errado, e do errado o certo, membros do Ministério Público seguem sendo alvos diletos daqueles que alugam sua consciência àquilo que é monetário e subordinam seu agir a interesses estranhos àquilo que é coletivo e republicano.
 
No Piauí não é diferente. Basta cumprirmos o dever que nos cabe de apurar responsabilidades, o que inclui a todos, mesmo os poderosos, também passíveis de cometer ilícitos, que as reações são proporcionais à magnitude do erro que parecem querer esconder. Falta compromisso com a verdade. Falta compromisso com aquilo que é de toda a sociedade. Falta compromisso com aquilo que é público. Sobra vontade de poder. Sobra desejo de riqueza. Sobra o entendimento equivocado de superioridade. Sobra atitude de desprezo por aquilo que é coletivo.
 
Inúmeros já foram os ataques que Promotores de Justiça sofreram no Piauí, simplesmente, por cumprirem seu dever constitucional de processar, fiscalizar e apurar, sem ver a quem.
 
O mais recente ocorreu dia 28.06.2019, sexta-feira, em que o Promotor de Justiça de Luís Correia, Dr. Galeno Aristóteles, e o próprio Ministério Público, foram publicamente atacados em razão de Representação formulada ao CNJ – Conselho Nacional de Justiça – pelo citado Promotor, para que aquele órgão de controle externo do Judiciário apure eventual ilicitude por parte de Desembargador piauiense na relação com advogado e tabelião cartorário. Enfim, mais um ataque público simplesmente por se buscar apurar!
 
Em uma república, indistintamente, todos devem prestar contas, o que inclui juízes, promotores, advogados, policiais, empresários e quem mais queira viver em sociedade.
 
Apesar da virulência pública que experimentou por cumprir seu dever, o citado Promotor de Justiça optou por não polemizar publicamente, como fizeram aqueles que se incomodaram com seu trabalho, e manifestou que seguirá a aguardar a apuração do quanto levou ao conhecimento do CNJ.
 
Entretanto, como os ataques públicos disparados, mais uma vez, alcançaram todo o Ministério Público, os Promotores de Justiça que assinam esta Carta, além do apoio ao diligente Promotor de Justiça diretamente alcançado por tais ataques públicos, reforçam seu compromisso com a sociedade de seguir cumprindo a missão constitucional que cabe ao Ministério Público, promovendo Justiça, lutando por aquilo que é certo, sem ver a quem, esteja à nossa frente quem estiver, submissos tão somente à lei e à verdade.  
 
Aqueles de consciência alugada, e submissos a interesses privados, seguramente seguirão tentando, mas jamais conseguirão parar e calar o Ministério Público, protagonista de várias das melhores e mais sólidas conquistas coletivas e republicanas no nosso País.   
 
Piauí, 29 de junho de 2019. 
 
Ari Martins Alves Filho
José William Pereira Luz
Fco de Assis R de Santiago Júnior
Francineide de Sousa Silva
Maria do Amparo de Sousa Paz
Romulo Paulo Cordao
Ricardo Lúcio Freire Trigueiro
Plinio Fabrício de Carvalho Fontes
Mauricio Gomes de Souza
Ana Sobreira Botelho Moreira
Lenara Batista Carvalho Porto
Emmanuelle Martins N D R Belo
Mário Alexandre Costa Normando
Luana Azerêdo Alves
Francisca Silvia da Silva Reis
Sinobilino Pinheiro da Silva Júnior
Myrian Gonçalves P. do Lago
Renata Marcia Rodrigues Silva
Eduardo Palácio Rocha
Gerson Gomes Pereira
Jorge Luiz da Costa Pessoa
Nivaldo Ribeiro
Edgar dos Santos Bandeira Filho
Silvano Carvalho
Francisco Tulio Ciarline Mendes

Lídia Brito
[email protected]

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