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Várias Previdências causarão insegurança jurídica, diz Ricardo Pontes

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Foto: Ricardo Pontes/Analice Borges

O presidente da Fundação Piauí Previdência (PiauíPrev), Ricardo Pontes, declarou que a nova reforma da Previdência deveria abranger a todos, incluindo estados e municípios, não apenas o Governo Federal, pois as discussões internas - nos âmbitos estaduais e municipais - poderão gerar uma "bagunça jurídica".  

Pontes também ressaltou em entrevista ao Jornal do Piauí, nesta quinta (11), um dia após a aprovação do texto-base da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, que o cenário atual piauiense é de uma "conta que não se fecha" porque há muito mais pessoas se aposentando, recebendo o benefício, do que na ativa contribuindo com a Previdência. 

Ele destacou, que diante da nova reforma pelo Governo Federal, o governador Wellington Dias (PT) tenta resolver o déficit atual do Piauí, que no ano passado fechou em quase R$ 1 milhão, pois há uma urgente necessidade de buscar alternativas de recursos para beneficiar os Fundos de Previdências.  A previsão é que neste ano o déficit feche em R$1,2 milhão. 

"Aqui nós estamos discutindo a questões dos imóveis que estão subutilizados, mal utilizados, para que possamos dar alguma destinação financeira para eles, ou seja, monetizá-los. A gente tem um imóvel que não estamos usamos e, então, podemos vender? alugar? Podemos fazer uma parceria com o setor privado? Se a gente tem uma receita nova nós podemos redirecionar (o dinheiro)", citou.

Pontes comentou que a folha total de pensionistas e inativos fechou em R$ 200 milhões/mês. "O que a gente arrecada para isso não dar 60% do valor. Então, todo o mês a gente tem que complementar, que sai do cofre do Tesouro. E mais gente está se aposentando". 

"Hoje nós temos 43 mil ativos e 43 mil inativos, mas em termos nominais são mais pensionistas. Por conta dessa reforma, muita gente apta está correndo para se aposentar. Então, nós vamos ter mais  um número de inativos muito maior". De janeiro a maio deste ano, mais de 600 aposentadorias foram concedidas no Piauí. 

Pontes acrescentou que o Estado não tem condições de absorver na mesma intensidade, "e não tem mais tanto recurso financeiro para ficar só absorvendo, mas nós estamos trabalhando as áreas que são essenciais como a de Polícia, Educação e Saúde".


Carlienne Carpaso
[email protected] 

 

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