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Família quer exame toxicológico no corpo de criança de três anos

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Foto: Izabella Pimentel/Cidadeverde.com

Matéria ampliada às 13h48

O corpo da menina Bruna Heloísa Rocha da Costa, 3 anos, chegou ao Instituto Médico Legal por volta das 11h desta quinta-feira(18).

Os familiares da criança querem que exame toxicológico seja feito para detectar se a menina foi dopada ou não e definir a causa da morte. Bruna Heloísa morreu na manhã de hoje no Hospital Infantil, em Teresina. 

Segundo a tia de Bruna, que prefere não se identificar, a mãe da menina lhe encontrou “espumando” pela boca e desacordada na última segunda-feira. A criança estava em casa, na cidade de Amarante (a 160 km de Teresina). 

“A mãe saiu no domingo e quando voltou, na segunda, encontrou a menina na cama, dormindo profundamente e espumando pela boca”, conta a tia de Bruna. 

A mãe da menina, identificada como Kellyane Patrine Rocha, 25 anos, questionou o motivo da filha ainda está dormindo e, depois disso, teria sido espancada pelo companheiro, cunhada e sogra. O rosto da jovem estaria desfigurado após as agressões. 

A menina foi levada para atendimento médico e, após sofrer duas paradas cardiorrespiratórias, morreu. Uma amiga da mãe da criança, Francisca de Sousa, disse que a mãe suspeita que a menina tenha sido dopada pelo padrasto. 

O padrasto é deficiente físico e faz uso de medicação Gardenal e diazepam. A Polícia Civil está investigando o caso. Havia suspeitas de que a criança teria sido abusada sexualmente, mas exame feito pela equipe do Samvis descartou conjunção carnal. 

Os familiares de Bruna Heloísa pedem que o caso seja investigado e que a justiça seja feita.

Laudo cadavérico

A Polícia Civil instaurou inquérito policial para investigar o caso. Um exame cadavérico irá detectar se houve intoxicação. O corpo da criança está no IML para análise.

“Vamos aguardar o laudo cadavérico para verificar qual a causa mortis”, explicou o delegado-geral, Lucy Keico

A mãe da criança, que teria sofrido agressões, foi submetida a um exame de corpo de delito. Os policiais militares que atenderam a ocorrência também estão sendo ouvidos.

“Se comprovado o envenenamento, é um caso gravíssimo que deve ser apurado com rigor”, afirma Keico.

O delegado de Amarante, Otony Nogueira Neto, descarta a hipótese de estupro. “Não é muito pelo caminho do estupro. Nossa investigação é mais para o sentido da dopagem por algum remédio para a criança dormir, o que teria causado a morte dela”.

Segundo o delegado, a mãe e a criança moravam na zona rural de Amarante e costumava deixar a filha na casa, onde também haveria outras crianças.

“Essas pessoas que estavam tomando guarda da criança são pessoas problemáticas. Possivelmente usuários de drogas, possivelmente usuários de bebidas alcoólicas”, aponta Otony.

 

Izabella Pimentel e Valmir Macêdo
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