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Entrega voluntária de animais silvestres cresce no Piauí

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As entregas voluntárias de animais silvestres por parte dos criadores não-autorizados, cresceram bastante no Piauí. A boa notícia divulgada pelo Ibama revela uma maior conscientização da população do estado acerca da do meio-ambiente.

 

“Percebemos que em 2008 aumentou consideravelmente o número de animais criados em casa que foram entregues ao Ibama”, pontua Romildo Mafra, superintendente do órgão no Piauí. Os números ainda não estão concluídos, mas, de acordo com Mafra, o crescimento é espantoso, uma vez que em 2007 quase não havia doações deste tipo. “Para você ter uma idéia, apenas no final de dezembro, 39 jabutis foram devolvidos. Sem contar as aves, como os papagaios, e os macacos que recebemos ao longo do ano”, explica.

 

Para o superintendente isso reflete a conscientização maior da população e o fato de as pessoas tentarem escapar de uma multa durante a fiscalização. Caso alguém seja pego com um animal silvestre em cativeiro, pode ter de pagar uma multa de R$ 500 reais por  ser vivo. Se o bicho estiver preso para ser comercializado, a multa passa a ser de R$ 1 mil por animal. “Entregar o animal ao Ibama, isenta a pessoa da multa”, explica Mafra.

 

Ao todo, entre doações voluntárias e operações de fiscalização, foram resgatados mais de 3 mil animais silvestres em todo o Piauí, sendo cerca de 89%, aves, segundo dados do Ibama. Entre as espécies salvas ano passado estão exemplares de asa branca, tamanduá, macacos-pregos e sagüis. A maioria vem da região do cerrado piauiense e tem como destino as grandes cidades do estado e Petrolina em Pernambuco.

 

Vagas

Os animais silvestres resgatados, passam pelo centro de triagem do Ibama e são soltos conforme seu grau de saúde em áreas escolhidas pelo órgão.

 

Como no estado ainda não há criadores autorizados pelo Ibama especializados em animais silvestres que possam ser domesticados, manter um desses bichos em casa é crime.

 

Para denunciar a existência de animais silvestres em cativeiro ao Ibama, basta ligar para o número 3233-3369.
 
 
Carlos Lustosa Filho
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