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Suspeitos de dopar criança de 3 anos podem responder por homicídio culposo

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Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

A polícia aguarda exames realizados pelo Instituto Médico Legal em Teresina

A investigação sobre a morte de Bruna Heloísa Rocha da Costas, criança de 3 anos, continua sendo realizada pela Polícia Civil de Amarante (a 160 km de Teresina). O delegado regional, Otony Nogueira Neto, informou que os suspeitos poderão responder por homicídio culposo, caso seja confirmado que a causa do óbito seja  superdosagem de medicamentos.  

Segundo o delegado, se confirmado o excesso de remédio, os responsáveis pela menina no momento da intoxicação deverão ser indiciados. “Contra os terceiros, possivelmente, lesão corporal de natureza leve e homicídio culposo, sem intenção de matar, mas terminando por ocasionar a morte”, aponta Otony.

A suspeita é que a menina teria sido medicada para dormir, no entanto, a dose de medicamentos usada intoxicou o organismo da criança.

Questionado sobre a prisão dos suspeitos, o delegado afirma que a investigação ainda não têm os indícios necessários para reclusão. “O padrasto, a princípio não tem nada a ver com o problema. Antes de pedir qualquer prisão, isso merece uma investigação”, explica. 

Um exame cadavérico irá detectar se houve intoxicação. O corpo da criança foi submetido a exames no IML e o laudo deve sair nos próximos dias. Havia suspeitas de que a criança teria sido abusada sexualmente, mas exame preliminar feito pela equipe do Samvvis descartou conjunção carnal.

Depoimento da mãe

O inquérito policial para investigar o caso da morte da Bruna já conta com o depoimento da mãe da criança, Kellyane Patrine Rocha, 25 anos. Após encontrar a menina desacordada, ela relatou à polícia que discutiu com as pessoas da casa e em seguida sofreu agressões. Kellyane foi submetida a um exame de corpo de delito. 

Segundo o delegado, a mãe e a criança moravam na zona rural de Amarante e costumava deixar a filha na casa, onde também haveria outras crianças.  Kellyane deve ser ouvida novamente pela delegacia pela conduta de deixar a criança com terceiros.

 

Valmir Macêdo
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