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Procissão das Sanfonas faz homenagem aos reis da música nordestina

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A 11° edição da Procissão das Sanfonas percorre o Centro de Teresina na tarde desta sexta-feira (2). O evento reúne centenas de pessoas que partiram da Catedral de Nossa Senhora das Dores, na praça Saraiva, rumo ao Museu do Piauí. A procissão chama a atenção de quem passa e trabalha na região.

Sanfonas, zabumbas, bonecos e chapéus de cangaceiro dão o tom da caminhada. A procissão reúne pessoas de diferentes idades. O Arthur Matos, de três anos, vem a procissão com os pais desde que nasceu.

"Essa é a terceira edição que ele vem. Queremos que ele conheça o mundo, mas sabendo de onde ele veio", disse a mãe do jovem nordestino, a professora Leila Matos. 

A caminhada também atrai amantes da musicalidade do Nordeste. O músico Marinaldo do Forró diz que é presença garantida no evento. "Só não vim para as duas primeiras edições porque estava em São Luís (MA), trabalhando. Isso aqui é a nossa cultura; a nossa essência, o nosso ritmo", disse o músico, sem parar de tocar sua zabumba. 

A edição deste ano homenageia os "Três Reis da Música Nordestina, do rock, do ritmo e do baião: Luiz Gonzaga, Raul Seixas e Jaqueson do Pandeiro.



Com 50 anos de sanfona,  Joel Floriano, 65 anos, veio de Piripiri para participar da procissão. "A sanfona é minha vida, é meu pão de cada dia", afirmou, com um sorriso no rosto, sendo logo chamado pelos companheiros a puxar o toque da sanfona. 

Duas viaturas e três guardas da Strans organizaram o trânsito nos cruzamentos com a Rua Simplício Mendes. 

Dando ritmo a procissão e puxando o passo e coro dos grandes hinos da música nordestina, as mulheres mostraram a que vieram. Ao som do triângulo, a música Thelminha Stourada comemorou a sua terceira vez na caminhada. "Mostrar que ser nordestina é ter o sangue quente, é ser forte e arretada ainda mais sendo mulher", contou.

Personalidades culturais do Piauí como Lazaro do Piauí, Benício Bem e Cineas Santos marcaram presença no evento. Um bloco de pessoas cadeirantes mostrou que mesmo com as dificuldades de acesso é possível participar da festa.

O professor Wilson Seraine, idealizador do evento, comemorou com orgulho a 11ª edição, encerrada em frente ao Museu do Piauí. "Gonzaga, o baião, o forró é nossa história. Nada melhor do que celebrar a história no Museu do Piauí. Vamos mostrar que não vamos arredar o pé do museu", afirmou.

O secretário estadual de Cultura, Fábio Novo, esteve no encerramento da caminhada no museu, que foi finalizada com festa de artistas locais. "A procissão das sanfonas demonstra o amor que nós temos por nossas raízes. É isso que nós traz uma sensação de pertencencimento".

Flash Valmir Mâcedo 
[email protected]

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