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Prefeito diz que não tem "sangria desatada" para ser governador do Piauí

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No quarto mandato à frente do Palácio da Cidade, o prefeito Firmino Filho revelou nesta quinta-feira (15) que não tem uma "sangria desatada" para ser governador do estado. A expressão popular usada pelo gestor significa que, na prática, não há pressa do tucano em tentar ocupar o Palácio de Karnak. A declaração foi dada durante entrevista à TV Cidade Verde.

"Não tenho mais sonho de ser governador, no passado era o sonho de ser prefeito. Se eu saísse da vida publica já me consideraria satisfeito. Me sinto realizado. Acho que a gente pode fazer mais coisa, mas não tem uma sangria desatada", afirmou.

"Sou grato ao povo de Teresina pode ter me dado a chance de ser prefeito por 4 vezes", acrescentou.

Firmino aproveitou a oportunidade para criticar a política no estado. Disse que a classe política se apropria do Estado, criando uma cultura patrimonialista. Ele citou o Ceará como exemplo de superação desse tipo de conduta.

"Há um impacto político equivocado no Piauí. O ceará está acima dos outros estados. O ceará não é mais rico, mais desenvolvido, mas as instituições estão, como na educação, saúde, recursos hídricos, segurança. A política criou lá um modelo que separa a gestão da política partidária", afirmou.

"Aqui no Piauí bota tudo junto e isso não é só no aqui. A classe política se apropria do Estado e não gera um resultado. Nossa cultura política é muito patrimonialista: terminou a eleição começa a repartir. O Ceará já deu um salto nisso ai. É um modelo de gestão focado e que convive com a política", ressaltou.

O prefeito evitou falar em um sucessor no ano que vem e disse que tudo vai depender de como a administração será avaliada. "A questão política a gente deixa pro ano que vem. A agenda é no final do ano e a decisão no começo do ano. O que legitima não é o nome é o que ele vai representar. Independente do nome ele terá que ser alicerçado na administração. Essa historia do Inthegra, por exemplo, está me fazendo ma. Tem que operar direito. Temos que cuidar da administração. Se não tiver bem não tem candidato. Tem que focar na administração. Não pode perder o tempo falando de política. É um desperdício de energia", declarou.

Para Firmino, falar em política só se for num sábado à tarde. "Tomando uma cerveja é uma delícia, mas no dia a dia é perda de tempo", comentou.

Visita de Jair Bolsonaro

Sobre a participação na comitiva presidencial na visita de Jair Bolsonaro a Parnaíba, Firmino disse que não tratou de política. Ele recebeu o convite do prefeito Mão Santa e acompanhou de Brasília a comitiva presidencial ao lado da bancada de parlamentares do Piauí.

“Foi uma festa de recepção calorosa ao presidente da república. Foi natural, o presidente foi recém-eleito e os seus eleitores têm essa vontade de fazer esse contato pessoal”, avalia Firmino.

O líder tucano ainda informou que aproveitou a oportunidade para tratar de assuntos para a capital com o ministro da Integração Nacional, Gustavo Canuto, com quem a gestão já trabalha parcerias e com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Teresa Cristina Corrêa.

Hérlon Moraes e Valmir Macêdo
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Tags: Firmino