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Fora da Libertadores, Palmeiras terá 5 jogos sem casa no Brasileiro

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Eliminado da Libertadores, o Palmeiras terá apenas a disputa do Brasileiro até o fim do ano. Com agenda cheia de shows e eventos da WTorre no Allianz Parque, a equipe será obrigada a mandar ao menos cinco partidas do torneio fora de seu estádio, assim como aconteceu na derrota para o Grêmio, nesta terça (27), que determinou a queda nas quartas de final do torneio sul-americano.

Com um jogo a menos que os rivais no Nacional, o Palmeiras está na terceira colocação do Brasileiro, com 30 pontos. O torneio é liderado pelo Flamengo, um dos adversários que o clube não vai poder enfrentar no seu estádio, em jogo que será disputado em dezembro. 

O contrato com a WTorre prevê que o clube fique sem o direito de usar o estádio quando o local for utilizado para eventos e shows. A construtora tem prioridade para definir a programação da arena, inaugurada em 2014.

No último domingo (25), o Allianz Parque recebeu um show de Sandy e Junior e não houve tempo suficiente para deixar o gramado em condições de receber o jogo desta terça contra o Grêmio.

A Conmebol exige ter acesso ao estádio 72 horas antes das partidas, o que não seria possível devido à apresentação da dupla.

A partidas das quartas da Libertadores foi a terceira vez neste ano que o time teve de atuar no Pacaembu. No Campeonato Paulista, recebeu o Bragantino no estádio, onde também ocorreu o clássico contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro. 

"O Pacaembu é um estádio onde o Palmeiras já obteve, em muitas oportunidades, grandes resultados. O time também se sente em casa lá", afirmou Maurício Galiotti, presidente do Palmeiras. "Obviamente que o Allianz [Parque] é um estádio com muitos diferenciais, mas vamos para o Pacaembu, onde também é nossa casa", acrescentou.

Foto: Cesar Greco/SEP

Além do jogo contra Flamengo (na 36 rodada), os duelos com CSA (21ª), Botafogo (25ª), Chapecoense (26ª) e Corinthians (32ª) não poderão ser disputados no Allianz Parque.

A CBF ainda não divulgou os horários das partidas. Caso elas sejam programadas para o período noturno, o Palmeiras não poderá jogar no Pacaembu. A confederação brasileira exige que os estádios tenham 800 lux (unidade de iluminamento) e o estádio municipal possui 600 lux de iluminação.

A Conmebol prevê 850 lux como mínimo para o estádio sediar jogos à noite. No entanto, a entidade ignorou a norma e permitiu o uso do estádio Paulo Machado de Carvalho em jogos da Libertadores deste ano.

Procurado pela reportagem, o Palmeiras não informou onde poderia mandar seus jogos caso não possa atuar também no Pacaembu.

Não jogar no Allianz Parque também tem um impacto financeiro para o clube alviverde. Como a capacidade do estádio municipal é inferior à da arena palmeirense (55 mil lugares contra 40 mil), o time fatura menos. Além disso, os ingressos na arena alviverde costumam ser mais caros devido à estrutura do local.

Contra o Santos no estádio municipal, por exemplo, o Palmeiras teve um público de 32.501 pagantes e renda de R$ 987.830. O preço médio do ingresso foi de R$ 30. 

Em seu último compromisso no Allianz Parque, o time empatou com o Bahia por 2 a 2, no dia 11 de agosto, pelo Brasileiro, diante de 34.275 torcedores, o que lhe rendeu R$ 2.160.817,20. O custo médio dos bilhetes foi de R$ 63.

Na arena, o Palmeiras detém uma invencibilidade que dura seis meses. A última derrota foi em 2 de fevereiro, quando perdeu do Corinthians, por 1 a 0, pelo Campeonato Paulista.

LUCIANO TRINDADE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) 

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