Principal auxiliar de Tite na seleção brasileira, Cleber Xavier, 55, é escalado pelo técnico para estar em todas as entrevistas coletivas.
Créditos: Lucas Figueiredo/CBF
Ouvir e responder perguntas de jornalistas têm incomodado o número 2, que vê grande parte da imprensa como rasa, pobre e que busca polêmica.
"[O comportamento] Ou é raso, ou é agressivo ou é irônico. Ou é programa de palhaçada", afirma à reportagem.
Invariavelmente, ele e Tite são questionados sobre Neymar, ex-capitão da seleção brasileira. A dupla nega que o atacante tenha privilégios.
"Não importa onde o Neymar vai jogar, o que ele faz fora de campo e o problema de indisciplina que ele teve no clube dele. Não precisamos responder 30 vezes que o Neymar é um dos melhores do mundo", diz.
Na seleção, Cleber é quase uma exceção quando o assunto é política. Quem convive com ele sabe de sua posição contrária ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), que foi recebido com festa pela maioria dos atletas campeões da Copa América e posou para foto com eles.
Tite e o auxiliar não aparecem na imagem. "Nem percebi que eu não estava na foto", afirmou. "Quem convida ele [Bolsonaro] para entrar lá é a direção da CBF".
CAMILA MATTOSO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)