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CIATEN: pesquisadores fortalecem pesquisa para combater doenças

O coordenador científico do Centro de Inteligência em Agravos Tropicais Emergentes e Negligenciados (CIATEN), o pesquisador Bruno Guedes, declarou que o CIATEN será um importante espaço de estudos para mobilizar forças e parcerias para enfrentar as doenças que afetam a população e diminuir o número de casos. 

O CIATEN é uma parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde e a Universidade Federal do Piauí. A ideia é integrar o serviço e o ensino com o objetivo de aprimorar as políticas públicas, além de fomentar o estágio para os cursos da área de saúde da UFPI. 

As doenças negligencias citadas por Guedes foram a leishmaniose visceral, a hanseníase e a tuberculose, sendo essas duas últimas de transmissão direta. Os casos dessas doenças diminuíram devido a ciência e a produção de novas vacinas. 

Com relação aos agravos emergentes, Guedes citou os estudos sobre o Zika Vírus (causando microcefalia), a dengue e a chikungunya.  "É preciso evidências científicas como funciona a doença para embasar o poder público na tomada de decisão (para combatê-la). São doenças virais que emergem, que surgem,  e a gente precisa da uma resposta", comenta. Um dos agravos emergentes que não se tinha há mais de 200 anos e aumenta com o passar dos anos são os acidentes de trânsito, principalmente de motocicleta. 

"A gente tem esses agravos considerados negligenciados há muito tempo. Há séculos a gente fala de tuberculose. Primeiro que não são agravos tão simples", contou Guedes, ressaltando que o CIATEN é um novo núcleo de pesquisa. "Queremos iniciar os convites aos pesquisadores, não só da Universidade Federal, mas de outros centros também. Nós temos a intenção de formar um comitê de experts nesses assuntos diversos, com expertise diferenciadas".

Confira a entrevista completa no vídeo acima. 


Foto: Analice Borges

O que são as doenças tropicais, emergentes e negligenciadas?

A Sesapi ressalta que "as doenças tropicais são aquelas com maior incidência nas regiões situadas entre os trópicos de Câncer e Capricórnio. Algumas são de causas internas não infecciosas, como alguns tipos de câncer e certas anemias genéticas, mas a maioria é de causas infecciosas; por parasitas como malária, leishmaniose e a doença de chagas; por bactérias como a tuberculose, hanseníase e cólera; por vírus, como AIDS, dengue e febre amarela ou por fungos".

Já "as doenças emergentes são as que surgiram ou que aumentaram a incidência nos últimos anos. Entre elas estão muitas doenças tropicais, algumas tendo surgido nos últimos dois ou três anos que têm causados epidemias de elevado impacto, levando a malformações congênitas, acometimento do sistema nervoso central, ou doenças crônicas debilitantes, como a Zika, chikungunya e encefalite do Nilo Ocidental".

Por fim, a Sesapi esclarece que as "doenças negligenciadas são aquelas que acometem as populações mais pobres e vulneráveis, para as quais existem poucos investimentos em pesquisas, desenvolvimento de medicamentos e políticas públicas adequadas para o seu controle em curto prazo".

Carlienne Carpaso (com informações da TV Cidade Verde e Sesapi)
[email protected]

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