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DHPP investiga morte de adolescente que teria sido vítima de "disparo acidental"

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Foto: Izabella Pimentel/ Cidadeverde.com

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) abriu investigação para apurar as circunstâncias da morte do adolescente José Félix de Gomes Ferreira de Sousa, de 14 anos, vítima de um tiro de espingarda no último domingo(08), no povoado Caiçara, zona rural de Teresina. 

De acordo com o delegado Jarbas Lima, o pai do garoto procurou o DHPP para contar o que havia ocorrido, já que na primeira versão havia a informação de que o disparo teria sido acidental. 

“O pai nos contou que o filho, que era um menino bom, havia saído de casa acompanhado de um adulto e outros dois menores, para buscar uma arma na casa de outro menor, que era vizinho no povoado e lá teria ocorrido o disparo. À princípio trataram como acidental, mas ele nos informou que o disparo foi frontal então vamos investigar se foi dado por ele mesmo ou se foi outra pessoa que atirou de forma culposa ou dolosa”, explicou o delegado. 

Jarbas Lima disse que requisitou o laudo cadavérico ao Instituto Médico Legal (IML) e afirma que não havia sido aberto inquérito policial. 

“O que nos consta é que havia sido enviado da Central de Flagrantes apenas a apreensão da arma e a requisição do cadavérico, não havia nenhum depoimento de familiares. Vamos começar tudo, como não foi feito perícia no local de crime, porque o adolescente foi socorrido pelo próprio pai e levado à UPA do Renascença, vamos levantar o prontuário e intimar o adulto e os dois menores para tentar chegar à situação de como aconteceu”, destacou o delegado Jarbas Lima. 

Um dos tios do garoto, que é professor de música disse que as pessoas envolvidas no caso não são familiares da vítima. No povoado, morava apenas o pai e o filho e que há muito tempo os parentes não tinham contato com eles, depois que foram embora para a zona rural. 

“Não moro perto dele, já há mais de ano estávamos sem contato com eles. Eu não tenho arma e não gosto de armas. Sou totalmente contrário ao porte de armas. Sou professor de música há 23 anos, presto assistência na área nos centros de assistência social de musicoterapia e estou sendo prejudicado porque o delegado (plantonista da central) disse que um tio teria dado a arma à criança e isso não é verdade. Ele estava acompanhado de outros adolescentes e não foi na casa onde moravam. Essa informação tem me prejudicado, porque somos três tios biológicos dele e como sou o mais conhecido, mas não tínhamos mais contato com eles”, afirma o tio, que não quis ser identificado. 
  
O tio afirma ainda que a versão que a família tem é que o adulto e os dois adolescentes tinham ido chamar José Félix para ir à Igreja e por isso que o garoto havia saído de casa. 

O DHPP aguarda o laudo cadavérico do Instituto Médico Legal (IML) para saber quantos tiros e onde realmente atingiu a vítima, já que a primeira versão é que teria sido um tiro de cima para baixo pegando o pescoço até a face. Sendo que depois surgiu o fato de que teria sido um tiro frontal.

Foto: Divulgação PMPI


Caroline Oliveira
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