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Em nove meses, PI notifica 700 novos casos de Hanseníase e Estado fica em alerta

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Foto: Governo de Tocantins

De janeiro a 09 de setembro de 2019, o estado do Piauí teve mais de 700 novos casos de hanseníase identificados. A situação alarmante provocou o Governo do Piauí a lançar uma campanha de luta contra a doença, para conscientizar a prevenção e combater o preconceito. Em 2018, o Piauí chegou a notificar 1.009 casos. Dos casos já registrados em 2019, 46 correspondem a menores de 15 anos.

O lançamento acontecerá nesta quinta (12) no Palácio de Karnak, Centro de Teresina. A supervisora estadual do programa de hanseníase no Piauí, Eliracema Alves, destaca que o evento também ressaltou o "Dia de Luta e Conscientização Contra a Hanseníase no Piauí". "Essa é uma doença milenar, mas que ainda persiste na atualidade. Então, é preciso não negligenciar e muito menos afastar quem precisa de ajuda”, acrescentou.

O Ministério da Saúde explica que "a hanseníase é transmitida pelas vias áreas superiores (tosse ou espirro), por meio do convívio próximo e prolongado com uma pessoa doente sem tratamento", sendo que "o diagnóstico de caso de hanseníase é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio do exame geral e dermatoneurólogico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas".

Sobre a presença cada vez mais comuns da doença em crianças e jovens, Eliracema Alves diz ser preocupante, pois demonstra que a doença ainda está em atividade. "Existem pessoas com a forma multibacilar, que ainda não foram descobertas e estão contaminando outras pessoas, inclusive menores de 15 anos".

A campanha deste ano também vai oferecer oficinas sobre conscientização e enfrentamento ao estigma da doença, atividades educativas, curso prático, além de mutirões de hanseníase nas quatro regiões de Teresina.

De acordo com o Ministério da Saúde, os sinais e sintomas mais frequentes da hanseníase são:

  • Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas.
  • Áreas com diminuição dos pelos e do suor.
  • Dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas.
  • Inchaço de mãos e pés.
  • Diminuição sensibilidade e/ou da força muscular da face, mãos e pés, devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos.
  • Úlceras de pernas e pés.
  • Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
  • Febre, edemas e dor nas juntas.
  • Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz.
  • Ressecamento nos olhos.
     

Carlienne Carpaso (com informações do Governo do Piauí)
[email protected]

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