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Não tem perseguição, diz Caixa sobre estádio do Corinthians

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O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou que não há perseguição na execução de uma dívida de R$ 500 milhões do estádio do Corinthians. O banco notificou o clube nesta quinta-feira (12) por atrasos em pagamentos da arena.

Em nota, a diretoria do time paulista se disse surpresa com a ação da estatal. Nos bastidores, a diretoria do Corinthians diz que se trata de uma retaliação do governo Jair Bolsonaro (PSL), pelo fato de o estádio ter sido construído durante o mandato da petista Dilma Rousseff (PT).

"Não tem perseguição nenhuma. Isso serve para qualquer caso, qualquer cliente. De maneira natural e tranquila, inclusive seguindo os ritos jurídicos", afirmou Guimarães à reportagem.

"Em termos gerais, a Caixa é um banco estatal, que se tiver garantia e não houver renegociação, tem que executar. Para não executar uma garantia, qualquer que seja, em uma operação em que a Caixa deixou de receber é que é preciso ter uma ótima justificativa", completou. 

A diretoria corintiana afirma que não deixou de renegociar e que ocorreram diversas reuniões durante o ano. 

"E, como em qualquer caso, estamos 100% abertos para uma renegociação. Se houver uma discussão de novo, podemos interromper a execução. Não estou falando em caso específico, estou falando em casos gerais", disse Guimarães.

No documento de execução enviado pela Caixa ao Corinthians, o banco admite que havia conversas em curso, mas diz que por falta de documentos não pode seguir com uma proposta.

"Acrescente-se que quanto à renegociação pleiteada pelo clube desde o final do ano passado, em que pese ter a Caixa evoluído para a formatação de uma proposta que chegou a tramitar nas áreas internas desta notificante, não foi possível prosseguir com as análises uma vez que o Fundo não enviou as demonstrações financeiras assinadas e auditadas, solicitadas diversas vezes pela Caixa", consta no item cinco do ofício da estatal enviado ao time.

O Corinthians afirma que poderá entrar na Justiça contra a Caixa.

"Se a CEF (Caixa Econômica Federal) escolheu trocar a rota da negociação pela do confronto, não cabe ao clube outro recurso senão defender na Justiça seus direitos."

CAMILA MATTOSO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

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