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Sergio Guizé diz que até sua mulher o chama de Chiclete

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Fotos: Reprodução/instagram/@sergioguize

Sem nada de sofisticação e com um toque infantil, o apelido Chiclete parece que pegou mesmo, e não só para o matador apaixonado de "A Dona do Pedaço" (Globo). Segundo o ator Sergio Guizé, 39, as pessoas usam o apelido para chamá-lo até fora da trama, seja na rua ou em sua própria casa.
"Eu já não saio daqui [Globo] e quando saio vou estudar o texto para o dia seguinte. E aí me chamam de Chiclete ainda. E na rua ninguém sabe que meu nome é Sergio", diz o ator mostrando que não consegue deixar o papel do matador que se apaixona pela vítima, Vivi (Paolla Oliveira), na trama de Walcyr Carrasco.

"Deu a sorte de as pessoas gostarem desse matador. Até a Bianca [Bin, atriz e esposa] me chama de Chicletinho, meu afilhado também. É uma loucura. Ainda bem que minha mãe veio me visitar e não vai me chamar de Chiclete", ri o ator, que é de Santo André (ABC paulista) e diz que nem gosta de ir para sua cidade natal para não perder o foco.

Guizé, por mais que ache graça, não costuma dar ouvidos nem para elogios nem para críticas. "Opiniões eu agradeço, mas preciso criar. Se entrar num mundo de ódio demais ou de amor demais eu não faço nada. Tenho que achar que está tudo errado para mim, que já entro perdendo de 4x0. Peço para quem está comigo nem ler comentários. Vivo o personagem e não meu ego", explica.

A característica de sempre achar que está perdendo é inerente à trajetória do ator, que fazia o mesmo em outros trabalhos. "Eu tenho orgulho dos personagens complexos e diferentes que já fiz. Mas eu sempre digo: 'O que eu estou fazendo aqui? Vai acabar a minha carreira. Que vergonha!'. Sou desses. Continuo atuando até o fim achando que estou perdendo para poder entrar querendo", define.

Personagens complexos são uma rotina na carreira de Guizé. Além do próprio matador de aluguel de "A Dona do Pedaço", ele viveu um agressor de mulheres, o Gael, na novela "O Outro Lado do Paraíso" (Globo, 2017). O personagem agredia Clara, era vivida por Bianca Bin, com quem Guizé se casou em setembro de 2018.

O papel, aliás, fez com que o ator se deparasse com a violência e as ameaças de pessoas que não entendiam que tratava-se apenas de um personagem fictício. "Com o Gael eu sofri muito com falta de respeito. Eu não tenho nada a ver com ele. O Gael lidava com a questão da violência doméstica e muita gente começou a denunciar, tinha uma função social. Mas eu sofri com gente ofendendo a minha mãe, minha família. Me senti desrespeitado, fazia um trabalho com carinho e doeu", relembra.

Hoje em dia, porém, ele acha graça da abordagem que fazem na rua com ele. "Agora é outra coisa. Dizem: 'Chiclete não me mata', ou então 'me mata, sim, atira em mim'. É mais leve. Mas para ser sincero, com o Gael eu fazia de verdade e queria ver o circo pegar fogo mesmo", conta.

Em "A Dona do Pedaço", Guizé torce para que seu personagem fique com Vivi Guedes. "Todos gostam muito desse casal, que é o casal de melhor caráter nessa novela. Não tem como falar de Chiclete sem Vivi e vice-versa. Torço para eles ficarem juntos, torço pelo amor, pelo bem."

E por falar em final, Guizé revela que sempre que uma novela chega ao fim ele gosta de "matar" seu personagem. Porém, por vezes isso não é tão fácil. "Quando acaba um trabalho fico deprimidão, rola um luto e eu dou uma sumida para onde ninguém me conhece. Medito. Mas esses dias recebi prêmio ainda pelo Gael e pensei: 'Você não vão morrer, não? Me deixe em paz, cara", brinca.

Mas enquanto não acaba ele diz que é o mais perfeccionista possível. "Não durmo direito, não como direito. Às vezes acordo de madrugada pensando porque não fiz tal coisa numa cena. Quando acaba também deixo cabelo e barba crescerem e esqueço todas as falas. Parece que não quero trabalhar nunca mais", diz.

Fonte: Folha Press

 

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