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Prefeitura lança plano para impedir crescimento desordenado e aumentar áreas centrais

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Fotos: Roberta Aline/Cidadeverde.com


A Prefeitura de Teresina lançou nesta terça-feira (15) um plano para impedir o crescimento desordenado da cidade, verticalizar áreas e aumentar à população em regiões centrais que estão sendo abandonadas. 

Em solenidade no Palácio da Cidade, o prefeito Firmino Filho (PSDB) apresentou as diretrizes do Novo Plano de Ordenamento Territorial da Cidade, o PDOT. O projeto municipal irá implantar novas regras urbanísticas com o objetivo de tornar Teresina uma cidade mais densa (populosa em regiões) e mais conectada através do transporte público.

O perímetro urbano da cidade foi congelado. Com isso, o desafio agora é fazer com empreendedores começem a construir nas áreas mais centrais da cidade.  

"Temos um grande desafio. Teresina cresceu muito nas últimas décadas.  Ela cresceu em termo de população, são mais de 800 mil habitantes. Cresceu também espacialmente. A cidade tem a população e a cidade se espalhou. Nos anos 1970 ir para o Jockey era ir para a zona rural. Esse crescimento leva a cidade a se espalhar e precisamos enfrentar os problemas”, destaca o prefeito.

Firmino diz que manter a cidade está cada vez mais cara e por isso precisa de racionalidade econômica, que passa pela concentração. 

“Quando a cidade se espalha fica mais caro manter essa cidade. As pessoas moram distante do Centro e gastam um tempo absurdo. Quem mora na região Sul para chegar no Centro passa 50 minutos, em consequência as frotas de veículos ficaram maiores. No século 21 a população deixou de crescer. A migração do campo para a cidade já se esgotou. Piora a qualidade de vida. Trabalhamos distante e estudamos distante de onde moramos. Isso prejudica nossa qualidade de vida", destacou.

O novo plano diretor vai adensar a cidade. O objetivo da prefeitura é que as cidades passem a ser mais verticais. 

"O plano traz nova filosofia de cidade. Antes cada local da cidade tinha um determinado tipo de atividade. Agora toda região pode ter residências, atividades econômicas, escolas. O uso misto vai ser estimulado. É adensar a cidade para se ter melhor qualidade de vida. Vamos estimular que as moradias nasçam onde já existe a infraestrutura necessária. A ocupação de áreas que já têm condições de estrutura e de transporte ", destacou.

Para a prefeitura, uma cidade grande traz mais dificuldades para a gestão. 

"Se a cidade continuar se espalhar daqui a pouco vamos chegar em Demerval Lobão, em União e Altos. A cidade vai ter dificuldades de prestar serviços para a população. A população do interior já não vem mais para Teresina como antigamente. A quantidade de pessoas por moradia diminuiu. Vamos ter cada vez mais dificuldades. O desafio é verticalizar e adensar a cidade. Isso dentro do perímetro urbano que existe", destacou.

Com o PDOT, a prefeitura quer inibir as ocupações. 

"Temos o congelamento do perímetro urbano. Já fizemos, não pode alargar. E agora tem que se investir nesse perímetro. Temos dois vetores que levaram ao espalhamento: existiam as políticas oficiais como o Minha Casa Minha Vida, onde não existe cidade o terreno é mais barato. O desafio é fazer os investimentos onde a cidade precisa. As ocupações distantes ocorrerem porque nos bairros distantes os proprietários não têm incentivo para proteger os terrenos. No centro os terrenos são mais caros e eles protegem mais. A ocupação é um ato político e precisa da compreensão de todos", afirmou.

 

Lídia Brito
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