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Prisão comum: Exército nega cela especial a Correia Lima

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Em entrevista no Jornal Cidade Verde desta quarta-feira (14), o coronel Antônio de Melo Santiago, comandante do 25º Batalhão de Caçadores do Exército, declarou que o ex-coronel José Viriato Correia Lima, mesmo sendo tenente do exército, não tem direito a prisão especial sob custódia das Forças Armadas. A possibilidade foi levantada hoje depois que o advogado do comandante do Crime Organizado afirmou que seu cliente possui patente do Exército, mesmo que tenha perdido a de coronel na Polícia Militar. Com isso, o destino dele seria um presídio comum.
 
Correia Lima não tem mais patente da PM e nem regalias do Exército 
 
Coronel Santiago afirmou que Correia Lima entrou no Exército nos anos 70 como tenente temporário. "Se ele estivesse servindo atualmente como oficial temporário da ativa, assim ele teria prisão especial. Mas o regulamento de convocação de oficiais da reserva é bem claro no seu artigo 43: quando o oficial vai para a reserva ele não tem direito a nenhum fórum especial. Assim, ele não tem direito a prisão especial porque ele é oficial da reserva não remunerada", afirmou o coronel.
 
Indagado se Correia Lima terá direito a prisão especial no Exército se sair da custódia da PM, o coronel foi claro: "O ex-coronel Correia Lima não tem direito a prisão especial e entendemos que o assunto está sendo tratado pela Justiça do Piauí", completou Santiago.
O comandante geral da Polícia Militar afirmou nesta quarta-feira que, depois do decreto que tirou a patente de Correia Lima no ano passado, a transferência do ex-coronel já foi pedida. O coronel Francisco Prado declarou que a solicitação foi feita ao juiz Antonio Noleto, da 1ª Vara Criminal, em fevereiro de 2008, e quase um ano depois ele ainda não se pronunciou sobre o caso. Acusado de vários crimes em todo o Piauí, Correia Lima segue preso em um quarto na sede do Grupo de Ações Táticas Especiais - Gate.
 
Leôncio Coelho, advogado de Correia Lima, afirmou que já entrou com recurso quanto à perda da patente na PM. O ex-coronel é acusado vários crimes, entre eles fazer seguros para funcionários em seu benefício e mandar matá-los depois.
 
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