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"A não transferência de Correia Lima é grave", diz Luís Brandão

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Em entrevista no Jornal Cidade Verde desta quarta-feira (14), o desembargados Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho defendeu o Poder Judiciário das acusações de morosidade no julgamento de ações contra o ex-coronel José Viriato Correia Lima, acusado de comandar o crime organizado no Piauí. No entanto, ele admitiu ser grave a informação de que a Polícia Militar aguarda há um ano pela decisão de um juiz para mandar o preso para um presídio comum.
 
"Se existe, como disse um coronel, uma decisão que está dependendo de um juiz, se isso for verdade, seria grave essa decisão não ter sido tomada. Mas nós podemos aqui falar genericamente para nós sabermos o que realmente está acontecendo. Cabe ao Ministério Público averiguar e tomar as decisões cabíveis", declarou o desembargador para a jornalista Virgínia Fabris, fazendo referência ao relato do comandante geral da Polícia Militar, coronel Francisco Prado.
 
Correia Lima perdeu a patente em 2008, e desde fevereiro daquele ano, segundo Prado, a PM aguarda decisão do juiz Antônio Noleto, da 1ª Vara Criminal, para tirar o ex-coronel da custódia da PM e mandá-lo para um presídio comum.
 
 
Justiça faz sua parte
Em resposta às declarações do secretário de Segurança Robert Rios Magalhães, Brandão defendeu o Poder Judiciário das acusações de não ter julgado em 10 anos os processos contra Correia Lima. Ele lembrou que o Tribunal de Justiça já tomou decisão tirando a patente do ex-coronel, e culpou os recursos impetrados pela defesa por protelar os julgamentos.
 
"Essa questão da patente foi votada pelo Tribunal de Justiça. O pleno se reuniu e por unanimidade achou que essa patente deveria ser cassada, que ele deveria voltar ao estado civil. O governador não poderia fazer sem que o Tribunal primeiro tivesse se manifestado. É bom que se diga isso, porque até agora isso não foi levantado", ponderou.
Brandão elogiou Robert Rios por estar na linha de frente nas investigações que levaram à prisão do então coronel da PM, mas negou morosidade e má fé por parte do Judiciário. "Para cada decisão de juiz, para cada despacho decisório, cabe recurso. Ninguém pode proibir que o Correia Lima, através de seu advogado, impetre tantos recursos possíveis para salvar o seu cliente, e a Justiça não pode fazer nada", completou o desembargador.
 
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