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Ministério da Saúde alerta sobre riscos do contato direto com óleo em praias

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Foto: Intituto Tartarugas do Delta

O Ministério da Saúde divulgou uma nota nesta quinta-feira(24) informando os efeitos à saúde do derramamento de óleo. Até o momento, 17 pessoas procuraram atendimento médico em Pernambuco, por conta dos casos suspeitos de intoxicação após contato com as manchas de óleo. A informação é do Ministério da Saúde que disse ainda que os demais estados não relataram nenhum atendimento. 

No Piauí, caso haja algum tipo de intoxicação, entrar em contato com o Centro de Informações Toxicológicas (Citox) de Teresina através do 0800-280-3661 ou através (86) 99466-8097 e procurar atendimento médico. 

No Piauí, cerca de 300 quilos de material com resíduos de óleo foram retirados de seis praias. As manchas apareceram no final de setembro e este mês, atém o momento, não retornaram ao litoral piauiense.

O Ministério da Saúde ressalta que apesar de terem sido observados pontos de petróleo nos nove estados do Nordeste, “os locais de afetados estão concentrados em cerca de 10% do total de localidades avaliadas, sendo mais de 33% sem observação de manchas e 56% apenas com vestígios (Ibama, 2019)”. 

O órgão acrescenta que a liberação de petróleo diretamente na água, em vazamentos ou derramamentos, forma filmes na superfície, enquanto uma menor fração apresenta afundamento. Esses filmes de petróleo estão sendo removidos mecanicamente e, na maioria dos locais, tem sido uma ação efetiva na retirada do produto. 

De acordo com o ministério, os efeitos à saúde humana, por exposição ao petróleo derramado, dependem de fatores como: características químicas do produto, dose, via e tempo de exposição. Além disso, a sensibilidade individual pode influenciar nos efeitos à saúde, portanto, pessoas expostas à mesma quantidade podem apresentar diferentes alterações. 

"A presença do petróleo no ambiente nem sempre levará à exposição da população, em especial aos compostos mais tóxicos que apresentam alta volatilidade. A expectativa de contato direto com o petróleo para esse desastre é eventual e de curto prazo. O contato com o produto deverá sempre ocorrer com a utilização de EPI. Nestes casos o risco é praticamente eliminado”, afirmou.

Recomendação de saúde 

1. População Geral 
- Não entrar em contato direto com a substância (petróleo), especialmente crianças e gestantes 
- Seguir as orientações dos órgãos ambientais sobre atividades recreacionais nas regiões afetadas 
- Em caso de exposição ou aparecimento de sintomas, contatar o Centro de Informações Toxicológicas (0800 722 6001) e procurar atendimento médico. 

2. Voluntários 
- Seguir as orientações dos órgãos de Defesa Civil ou o Comando local de resposta ao desastre antes de realizar a ação de voluntariado 
- Durante a limpeza recomenda-se evitar o contato direto com o óleo por meio do uso de: máscara descartável; luvas de borracha resistente; botas ou galochas de plástico ou outro material impermeável. 
- Não é recomendada a participação de crianças e gestantes nos mutirões de limpeza. 
- Lavar a pele com água e sabão sempre que houver contato da pele com o petróleo 
- Utilizar óleo de cozinha e outros produtos contendo glicerina ou lanolina 
- Eventuais lesões de pele devem ser tratadas por serviços médicos especializados Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde 
- NUNCA usar solventes (como querosene, gasolina, álcool, acetona, tiner) para remoção (esses produtos podem ser absorvidos e causar lesões na pele) 
- Em caso de exposição ou aparecimento de sintomas, contatar o Centro de Informações Toxicológicas (0800 722 6001) e procurar atendimento médico.

Caroline Oliveira
Com informações do Ministério da Saúde
[email protected]

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