Mais de 100 porteiros já foram demitidos em Teresina e substituídos por um sistema de portaria remota. Nele, o serviço de entrada e saída de condôminos e visitante é feito por controle remoto e à distância, através de uma central de atendimento.
No Brasil, quase 300 mil condomínios já aderiram ao novo sistema e a previsão é de crescimento de 150% no setor até o final do ano, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Sistema de Segurança Eletrônica.
Síndica em um condomínio de Teresina, a moradora Priscilla Viana, adotou o sistema de portaria remota há cinco meses e relata satisfação entre os moradores.
“A gente conseguiu uma redução de custos de aproximadamente R$ 200 e os condôminos ficaram muito satisfeitos. Há um custo bem mais em conta”.
Na portaria remota, os visitantes são monitorados através de imagens enviadas a uma central de atendimento que repassa os dados para os moradores através de mensagens a aparelhos telefônicos, onde é confirmada a autorização para a entrada.
A substituição do trabalho humano por tecnologia é criticada. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Condomínios e Edifícios do Estado do Piauí (Sintraconde), a tecnologia não garante a mesma segurança e eficiência que o trabalho humano presencial.
“Um elevador quebra com uma criança dentro ou uma pessoa idosa, quem vai ajudar essa pessoa?”, questiona o porteiro Valdo Maciel, vice-presidente do sindicato.
Valmir Macêdo
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