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Assoreamento é uma das principais ameaças à Bacia do Rio Parnaíba, diz biólogo

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O aumento da população e da produção agropecuária na bacia do Rio Parnaíba nas últimas décadas transformou a realidade hídrica da região e atualmente chama a atenção para a preservação ambiental dos rios que a compõe. São mais de 270 cidades, abastecidas pela bacia do maior rio genuinamente nordestino, que devem criar políticas de recuperação de áreas degradadas, de coleta de lixo e saneamento

Para o biólogo e pesquisador Francisco Soares, o assoreamento do rio é um dos principais fatores de risco ambiental. “Quando você remove a margem vegetal, a margem fica sujeita  a um processo de erosão” explicou. Ele exemplificou o que ocorre em alguns trechos do rio, como em Teresina. “Você percebe que o rio está se tornando mais largo e mais raso. Em alguns pontos, é possível atravessar à pés”, disse. 

O biólogo também apontou as alterações recentes na legislação que, para ele, tornaram mais brandas as regras para o desmatamento de margens de rios e córregos. Francisco Soares também assinala para a qualidade da água. Segundo ele, as companhias de água precisam manter um controle de qualidade para determinar os parâmetros de qualidade da água do rio.

Foto: Yasmin Cunha/Cidadeverde.com

Revitalização do Parnaíba

O assunto foi debatido no 1° Encontro de Revitalização da Bacia do Rio Parnaíba, realizado nesta quinta-feira (28). O comitê federal envolve os estados do Piauí, Ceará e Maranhão cujos territórios abrigam afluentes do rio.

Para Geneziano Martins, coordenador adjunto do comitê, o tema deve ser trabalhado com urgência. “Nosso Nordeste está à beira de um colapso e nós precisamos trabalhar também a questão do reuso para se manter com a pouco água que temos”, disse.

O encontro contou com a presença de representantes da Agência Nacional de Águas e da Sudene.

Valmir Macêdo
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