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Última edição de 2019 do projeto Roda de Poesia acontece nesta sexta (29)

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Fotos: Arquivo Roda

O projeto Roda de Poesia Tensão, Tesão & Criação encerra a temporada 2019 nesta sexta-feira (29), com mais uma edição na Praça Pedro II, a partir das 18h.

Sempre com programação gratuita e variada, já faz parte do calendário cultural da cidade, promovendo a valorização do Centro Histórico de Teresina. Em novembro, mês da Consciência Negra, traz música, lançamento, feira e intervenções poéticas, com palco aberto para a poesia. 

“Antes de tudo, o projeto é uma política cultural independente, uma trincheira de luta por nosso Centro Histórico, reunindo artistas, movimentando a praça, buscando superar a situação de abandono do poder público e a ausência de programações culturais gratuitas. Chamamos a atenção para nosso Centro Histórico, afirmando que praça não é lugar de medo, é lugar de circulação de ideias. Com isso, criamos possibilidades de expressar nossa produção poética contemporânea, formando público e novos artistas num espaço tão simbólico para nossa cidade, que é a praça Pedro II”, afirma João Henrique Vieira, idealizador do projeto.

Edição Consciência Negra

Marcando as comemorações pelo mês da consciência negra, o Roda de Poesia abre a programação com o show “Oscilações mentais de um preto artista – OMUP”, trabalho que consolidou a carreira solo de Real Narcoliricista. Artista que atua na cena Hip Hop desde 2014 e participa da militância negra. Se destaca pela facilidade em experimentar estilos e contagiar através das suas rimas. O Show OMUP reflete o cotidiano na periferia de Teresina e valoriza a arte como uma forma de saída para os problemas sociais.

Oscilações Mentais de um Preto tem produção musical do QuilomboLoucoBeats. O artista prioriza a interação com o público, com músicas que contam vivências, trazendo à tona tabus e o preconceito racial. Atuante no coletivo NarcoCrew é também Slammer, tendo vencido o 4° Slam Biqueira - Sesc Caixeiral (Parnaíba) e finalista do 25º Festival Chapada do Corisco, com a música Intro (Ruptura).

O Grupo de Cultura Afro Ijexá fecha a noite com seus tambores vibrantes. O nome do grupo significa “toque de tambor para o Orixá Oxum”. Começou em 2004 com o objetivo de fortalecer a luta dos grupos negros pela valorização e preservação da cultura por meio da música e danças afro, a partir de oficinas de dança e da militância no Movimento Negro no Piauí.

O Ijexá é também uma organização sem fins lucrativos que desenvolve oficinas, seminários, debates e diversas apresentações artísticas com o objetivo de levar cada vez mais longe a missão do grupo – fortalecer a cultura para construção da autoestima da população negra do Estado do Piauí. O grupo congrega 25 componentes, entre dançarinos, percussionistas e vocais, numa homenagem à cultura afro brasileira e religiosidade africana.

Lançamento

A noite traz ainda o lançamento da coletânea poética Babaçu Lâmina (Ed. Patuá), organizada pelo poeta, professor e editor Carvalho Junior, natural de Caxias-MA. A obra reúne 39 poemas de 39 poetas dos estados do Maranhão, Piauí, Pará e Bahia. Fazem parte da antologia os poetas piauienses Demetrios Galvão, Adriano Lobão e João Henrique Vieira.

“Os autores aqui reunidos se unem no desafio da reivindicação, com suas lâminas agudas e o firme propósito de marcar um lugar de fala contra o silêncio assustador que impregna o cenário nacional e que extrapola a luta das quebradeiras de babaçu, com quem nos solidarizamos, nesse momento, ao assumirmos este fruto cascudo como símbolo de resistência, também de persistência”, diz no prefácio, Ricardo Nonato, professor, escritor e criador do selo de arte Casa de Vento (BA).

Escuto Histórias, Escrevo Poemas

A intervenção poética Escuto Histórias, Escrevo Poemas, do poeta Íthalo Furtado (Parnaíba). O artista estará na praça Pedro II escutando histórias e transformando em poemas. “Tudo ao vivo, sangrando junto, olho no olho. A mecânica é simples, duas cadeiras, uma plaquinha, alguém que eu nunca vi na vida senta, nos conectamos breve e profundamente, eu ouço sua história e escrevo uma poesia sobre. Pra finalizar, recito o poema e o entrego como presente", diz Ithalo Furtado.


Da Redação
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