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Elmano diz estar em lado oposto de Wellington Dias e que gestão PT "cansou"

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Foto: RobertaAline/CidadeVerde.com

O quarto vice-líder do governo Bolsonaro no Senado Federal, o senador Elmano Férrer (Podemos),  reconhece que o presidente encontra dificuldades no primeiro ano de mandato, mas ressalta que ele tem avançado e fala da necessidade de apoio ao novo governo. Em entrevista ao portal CidadeVerde.com, Elmano elogia o governo federal e se posiciona como oposição ao governo de Welllington Dias (PT). 

Elmano Férrer afirma que Bolsonaro tem avançado em questões como o combate à violência no país. Ele defende a necessidade de apoio ao ministro da Justiça, Sérgio Moro. 

“Estamos com um novo presidente. Isso fruto da manifestação das eleições passadas em que entrou um presidente e definindo pontos fundamentados em programas em que ele e todo o entorno dele consideram importante. Na economia não planificada, mas a economia liberal comandada pelo ministro Paulo Guedes. Outro ponto fundamental é que diante de uma realidade de corrupção, com organizações criminosas crescendo, ele tomou uma decisão. Quando ele convidou o Sérgio Moro para ser ministro da Justiça, foi dentro dessa política de combate a corrupção. As organizações criminosas estão cada vez mais crescentes. Ele considera importante a descentralização do Brasil. Era mais Brasília e o presidente defende mais Brasil. Mais investimento nos municípios. Há um  crise federativa e a maior delas é a crise do estado brasileiro. Ele veio contra o status dominante. Ele quer romper com tudo isso, mas não tem sido fácil. Há interesses políticos, partidários que sobrepõe os interesses nacionais e regionais. Esse governo avançou e as coisas têm melhorado”, destacou.

O senador reconhece que chegou ao Senado com o apoio de Wellington Dias, mas afirma que a gestão petista no Piauí “cansou”. Ele fez críticas a classe política local que teria sido coaptada pelo governo petista. 

“Fui eleito com aquele esquema do PT com o Ciro Nogueira, com o João Vicente que era o senador. Fui eleito naquela conjuntura em 2014. Hoje estou do lado contrário de Wellington Dias. É uma pessoa fantástica, uma pessoa humana, é uma pessoa agradabilíssima. Agora ele se encontra no quarto mandato e o estado do Piauí continua pobre. Ele passou 13 anos e cooptou a elite política do Estado. Foi o maior líder da nossa  história recente. No campo administrativo não estou do lado dele. A  partir de 2015, logo após ser eleito, já seguimos nosso caminho. Ele coaptou a elite polícia do Estado em troca de poucas coisas. Não existe compromisso com o estado, mas com o poder. A sociedade não aceita mais isso”, disse.

Sobre a eleição municipal de 2020, o Podemos que presidido por Elmano, ainda não definiu o caminho que irá seguir em Teresina. Mas lideranças do partido pedem apoio ao candidato do prefeito Firmino Filho (PSDB). 

“Vamos no momento oportuno decidir. O Podemos é um partido em construção. É um partido que se forma. Fui o terceiro senador do Podemos. Temos 11 senadores e queremos participar do processo. A realidade é que fui prefeito de Teresina. Reconheço que o PSDB tem uma história administrativa em Teresina. No meu entendimento este é o melhor mandato do Firmino Filho”, destaca. 

Sobre a possibilidade de esvaziamento do partido na capital, Elmano afirma que conversa com Sérgio Bandeira para resolver a questão. O grupo de Bandeira pode deixar a sigla por dificuldade de formar uma chapa proporcional. 

“Conversamos sobre isso. Isso é do nosso conhecimento, as dificuldades que estamos tendo. Todos querem se eleger. Muitas vezes sem saber em qual partido. Não querem saber de compromisso com a população. Há essa movimentação entre pré-candidatos novos e os que concorrerem à reeleição. Tem essa janela que vai se abrir com prazo estabelecido pela população. Acho muito natural o Sérgio buscar sua eleição. É um grande companheiro e tem nos ajudado muito. Entreguei para ele o comando dessa discussão no Podemos. Conheço ele há muito tempo. Sempre fomos aliados em Teresina. Confio no trabalho dele à frente do partido. Agora essa é uma questão que vais er definida em 2020. O país tem eleição de dois em dois anos. Não podemos passar todos os anos falando de eleição. O ano de 2019 foi de trabalho. Nos dedicamos a isso no nosso mandato”, destacou.  

Assista entrevista completa:

 

Lídia Brito
[email protected] 

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