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MP diz que apagão no Hospital Infantil era previsível; Sesapi autoriza revisão elétrica

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O promotor Eny Pontes, do Ministério Público Estadual, disse nesta quarta-feira (8) que o órgão já previa a falta de energia elétrica no Hospital Infantil. Segundo o promotor, a fiscalização do MP já apontava a possibilidade de alagamentos e problemas elétricos na unidade que, de fato, ocorreram durante chuva na madrugada desta terça (7). Nesta quarta (8), a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) autorizou a revisão em toda a parte elétrica do prédio.

“O que aconteceu era o que nós prevíamos. Houve uma chuva no começo dessa semana que acabou havendo um transbordamento de água em duas enfermarias e essas água acabaram interferindo no sistema elétrico”, afirmou Eny Pontes.

Segundo o MP, o problema estrutural é antigo e já foi judicializado em processos na justiça.  Fizemos uma inspeção em dezembro último e constatamos que não houve avanço no que diz respeito ao sistema elétrico. Fios expostos causando insegurança a quem lá está e resolvemos entrar com uma ação civil pública para medidas urgentes”, afirmou o promotor.

O MP também afirma que o gerador do hospital é ultrapassado e não suportaria a quantidade atual de equipamentos da unidade. A ação na justiça que pede medidas urgentes está para ser julgada.

Reforma

O secretário estadual Florentino Neto, autorizou revisão em toda a parte elétrica do Hospital Infantil Lucídio Portela (HILP). O prédio onde funciona o hospital é antigo e a rede elétrica também, por isso ela vem sendo trocada começando pela Unidade de Terapia Intensiva. Segundo a secretaria, foram instalados geradores para manter pacientes mais graves na UTI, em casos de falta de energia, como aconteceu nesta terça-feira (07). No Hospital foi feito um Programa de Manutenção de Energia Elétrica, em parceria com a empresa Equatorial, com cabeamento separado só para a UTI.

Segurança do hospital

A direção do Hospital Infantil garantiu a segurança dos pacientes e afirmou que há cinco anos o Hospital está passando por melhorias

“Tem algumas situações em que a gente não pode criar um pânico social. A população tem que saber que elas estão seguras dentro do Hospital Infantil, elas têm que saber que tem um serviço de qualidade sendo prestado e um serviço que, mesmo sendo feito reformas e construções, troca de retelha e elétrica, ele nunca é interrompido”, assegurou o diretor geral, Vinicius Pontes.

Sobre os alagamentos, a direção informou que mais de 90% do telhado foi trocado e que nos próximos 30 dias o restante será concluído. "O problema de décadas do hospital de ter infiltrações, ele vai ser encerrado", afirmou.

Sobre a parte elétrica, o diretor geral explicou que o problema dessa terça-feira não foi no gerador e sim com o transformador do hospital. “Na verdade quando o equipamento, que é um transformador, apresentou um problema de madrugada, o núcleo de infraestrutura da saúde mandou um engenheiro elétrico que prontamente diagnosticou”, disse Pontes. 

O hospital passou quase 12h sem energia. Segundo a gestão da unidade de saúde, os pacientes e profissionais precisaram aguardar que uma peça do equipamento danificado fosse comprada durante o turno da manhã.

“Acho que a parceria com o Ministério Público ela é necessária mas passar a ideia de que não há segurança dentro do hospital infantil é ruim para a população”, reforçou a direção da unidade.

Valmir Macêdo (Com informações do Jornal do Piauí)
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