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''Há mais pessoas querendo adotar do que crianças disponíveis'' afirma assistente social

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A assistente social  e coordenadora do CRIA (Centro de Reintegração Familiar e Incentivo à Adoção) Francimélia Nogueira, declarou  que a situação das crianças e adolescentes que vivem em abrigos da capital é preocupante.

'O sistema é organizado de forma que o adolescente ao completar 12 anos precisa se mudar de abrigo de crianças e ir para o abrigo de adolescentes e ao completar 18 anos, essse adolescente precisa sair do abrigo. E quando chega a essa idade limite, muitas vezes não tem para onde ir.'', explicou.

Em entrevista ao Jornal do Piauí, a coordenadora do CRIA alerta que é necessário uma reflexão quanto a situação desses adolescentes, segundo ela o sistema de adoção e proteção a criança e adolescente em Teresina, tem falhado.

'' Precisamos nos unir e somar forças para que não haja falhas. O maior problema para que essas crianças e adolescentes sejam adotadas é a demora no sistema de adoção, e para se resolver essa demora é necessário uma maior valorização da vara da infância e juventude, no sentido de ter  mais vagas, mais assistentes sociais,  e mais psicológos. Para darem um subsídio a magistrada da vara e assim  tomarem as decisões relacionadas a resolver a situação de cada criança e adolescente que chega'', explicou.

Para Francimélia, uma das alternativas é buscar na família de origem há alguém que possa cuidar dessa criança e dar auxílio e proteção, mas se caso não houver, iniciar de imediato o processo de destituição familiar para que o menor vá para a lista do cadastro de adoção. 

Fotos: Yasmim Cunha/Cidadeverde.com

'' O nó está nesse processo, os anos vão passando e as crianças naõ chegam nessa lista. E em contrapartida existem mais pessoas querendo adotar do que crianças disponíveis, a lista chega a quase 47 mil  de pessoas querendo dar entrada em um processo de adoção'' afirmou. 

O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece um prazo de um ano e meio para que essas situações se resolvam, mas como delcara a asssistente social, isso não acontece. 

O CRIA tem o programa de família acolhedora, atualmente são cinco abrigos na capital com diversas crianças, quem se interessar pode procurar a instituoção mesmo que não seja para realizar o precosso de adoção, Francimélia explica que há opções como o acolhimento próvisório e o apadrinhamento familiar, que já ajudam a minimizar a situação desses abrigos.

Yasmim Cunha com informações do Jornal do Piauí ( especial para o Cidadeverde.com)
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