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Covas sanciona lei que cria praça Marielle Franco em São Paulo

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Foto: Renan Olaz / Câmara do Rio

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), sancionou na última sexta (24) projeto de lei que dá o nome de Marielle Franco, vereadora assassinada no Rio de Janeiro em 2018, a uma praça na Brasilândia, na zona norte de São Paulo.

Marielle era vereadora do PSOL no Rio de Janeiro e ativista de direitos humanos. Foi morta a tiros em 14 de março de 2018, junto de seu motorista Anderson Gomes, no centro da capital fluminense, após sair de um debate sobre oportunidades para jovens negras.

O policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz foram presos, acusados de participação no crime. O Ministério Público do Rio de Janeiro quer que eles sejam levados a júri popular. A Polícia Civil ainda apura, sob sigilo, a existência de mandantes do crime.

A cidade já havia ganhado informalmente uma escadaria Marielle Franco, em Pinheiros, zona oeste, onde uma enorme foto da vereadora foi colada.

Em Brasília, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), vetou na semana passada um projeto de lei no mesmo sentido, que dava o nome da vereadora a uma praça no Setor Comercial Sul. A ideia havia sido aprovada pela Câmara Legislativa no fim do ano passado, mas foi vetada pelo governador sob o argumento de que a homenageada não tinha relação com o Distrito Federal.

Em setembro, Marielle ganhou um jardim em sua homenagem em Paris.

Também na sexta, Covas sancionou outro projeto de lei que obriga que as placas com nomes das ruas da cidade tenham uma breve sinopse explicando o motivo da denominação -como acontece em locais como o Rio de Janeiro.

A prefeitura deverá regulamentar a lei até abril, e as placas ganharão as sinopses a medida que forem sendo renovadas. Haverá ainda a possibilidade de colocar um código QR que, quando lido por um smartphone, abre uma página na internet com informações sobre o nome da rua.

Hoje, essas informações podem ser encontradas no Dicionário de Ruas, da prefeitura. Reportagem da Folha de S.Paulo de agosto do ano passado mostrou, com base nas informações do portal, que apenas 16% das vias que homenageiam pessoas na cidade têm um nome feminino. 

Fonte: Folhapress

 

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