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Fabíola Reipert diz não se inibir por processos e fala sobre irmã seguir seus passos

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Fotos: Reprodução/instagram/@mabellreipert.oficial

Bomba! Uma jornalista famosa, que está todos os dias na TV aberta, tem uma tatuagem de cachorro-quente na virilha. A informação foi divulgada pela própria irmã dela. A notícia poderia ser dada por Fabíola Reipert, 46, no quadro A Hora da Venenosa, do Balanço Geral São Paulo (Record), não fosse um detalhe: é ela a tal famosa alvo da fofoca.

"E é mentira. Ela [a irmã, Mabell] inventa isso para todo mundo. Desde que a gente era nova, a gente conhecia os caras na balada, e ela inventava isso e falava ainda que tinha batata palha", diz Fabíola, aos risos.

Desde 1998 falando sobre os bastidores da televisão e da vida das celebridades -foi repórter do caderno Show e assinou as colunas Olá e Zapping, do Agora, do Grupo Folha, por dez anos- Fabíola fez escola até mesmo na família.

Líder de audiência no horário, A Hora da Venenosa com Fabíola Reipert é exibido no estado de São Paulo, e ganhou versões locais em 15 praças em emissoras afiliadas. Na Baixada Santista é Mabell Reipert, 45, sua irmã mais nova, a responsável por contar as fofocas do mundo artístico, na Record TV Litoral.

Com um ano e quatro meses de diferença, as duas têm a voz e a aparência física muito parecidas, embora Mabell use os cabelos loiros, e Fabíola, castanhos -é comum até perguntarem se elas são gêmeas. Mas quem é a Ruth e a Raquel? -irmãs gêmeas idênticas da novela "Mulheres de Areia" (Globo, 1993), que tinha personalidades opostas, sendo Raquel, a vilã.

"Eu sou a Raquel, óbvio...A Mabell é super fofa com todo mundo, eu não sou muito não. Não sou má, nunca, mas não consigo ser tão dada como ela, sabe... No grupo da família, ela fala bom dia, e eu não..é isso", define Fabíola. "Só que aí ela se intromete no meio da conversa do grupo, só para falar besteira, 24 horas", interrompe Mabell.

A reportagem acompanhou gravação do programa da última terça (4), na sede da Record em São Paulo, e as irmãs ficavam tirando sarro uma da outra o tempo todo. Segundo elas, sempre foi assim. Muita união, mas também muita zoação.

As irmãs Venenosas fizeram faculdade de jornalismo juntas, em Santos, litoral paulista. A influência para atuar com comunicação veio do pai, o também jornalista e radialista Guilherme Reipert, que morreu no fim do ano passado -o irmão mais novo, Hermann, é outro que trabalha no meio, ele tem produtora de vídeos. Embora fossem amigas e unidas, Fabíola conta que era da turma do fundão, enquanto Mabell sentava na frente. "Ela ficava lá com aquelas meninas chatas, eu ficava com os meus amigos do fundo, tacando bolinha na cabeça delas. Vivia fora da sala, não era muito boa de comportamento não", diz.

Depois de concluída a faculdade, as duas seguiram caminhos diferentes. Fabíola voltou para São Paulo, de onde a família tinha se mudado quando ambas eram adolescentes para a Praia Grande. Mabell continuou no litoral. Cobrir o mundo dos artistas não foi algo intencional. "Era a vaga que tinha", diz Fabíola.

Ela conta que nunca ligou para o preconceito que existe contra o jornalismo de celebridades. "Para mim é uma editoria como qualquer outra, que dá o mesmo trabalho, de apurar, de ligar para um, outro, para outro checar...Agora vendo os programas de televisão bombando com quadros de fofoca, vendo que é uma editoria das mais lidas de todos os sites, esse povo [que tinha preconceito] deve estar pagando um pouquinho a língua, né."

LIMITES

Fabíola já foi processada algumas vezes por artistas que não gostaram de notas publicadas por ela, especialmente na época em que ela mantinha blog no site R7, da Record. Para ela, as ações judiciais não inibem o seu trabalho.

"Processo faz parte, boa parte dos jornalistas que cobre a área de famosos tem processo, boa parte dos jornalistas que cobrem a área de política tem processo, é que só os meus viram notícia, o processo dos outros ninguém fala. Mas tudo bem, podem dar, nunca vou ser a favor da censura, porque não gosto que me censurem", diz.
Atores famosos, como Paolla Oliveira, já tentaram na Justiça que ela fosse proibida da falar o nome deles. "Eles [os artistas] acham que têm o direito de escolher qual jornalista vai falar deles. Gente, de todas as áreas tem o bom e o ruim, tem o honesto e o desonesto, tem o que aceita ser comprado, e o que não aceita."

Fabíola conta que jamais aceitou ou aceitaria qualquer coisa oferecida por celebridades, como viagens ou presentes, em troca de notas positivas ou de ela não contar alguma fofoca da personalidade em questão. "Por que eles não querem que eu fale deles? Porque comigo não tem essa de querer vir me comprar, porque eu não estou à venda."

Isso não significa que ela não tenha limites. Eles existem, sim, afirma. "Gostaria de falar tudo que eu quisesse, tudo que viesse na minha cabeça e tudo que eu soubesse, mas eu não quero, não posso fazer isso, porque eu acho que você tem que respeitar muitas coisas."

"Se você descobre uma doença muito grave do artista, e ele ainda não quer falar, eu acho que você tem que segurar até ele confirmar, porque tem a família dele. Tem umas traições que a gente fica sabendo, mas não tem prova, então, tudo tem um limite", complementa.

Se toda a carreira de Fabíola foi voltada para a de celebridades, com Mabell não foi assim. Embora ela tenha atuado na revista Flash, de Amaury Jr. por alguns anos, a intimidade com famosos era bem menor que a da irmã.

Mas com as câmeras não. No litoral, por quatro anos, Mabell comandou o programa Baixada para Você, uma produção independente dela. Em 2016, ela entrevistou o apresentador William Leite. "Ele me achou muito parecida com a Fabíola e falou: vamos fazer A Hora da Venenosa aqui em Santos. Na hora, fiquei meio assim, não queria fazer o que a Fabíola está fazendo, o meu perfil era outro, um programa de entrevistas, era outra linha."

Porém, ela fez algumas participações com ele e uma contratação quase rolou. Mas foi só no ano passado, em um convite da própria Record do litoral, que o projeto decolou. Em janeiro deste ano, Mabell substituiu Fabíola durante as férias dela, em São Paulo. Ela diz não temer comparações.

"O meu desafio era esse, como as pessoas vão me ver no lugar da Fabíola? E foi muito positivo, eu acompanhei os comentários, muita gente falando: 'Você tem que ficar aqui junto com ela'. Mas a gente tem que deixar as coisas acontecerem, estou bem feliz onde estou."

 

Fonte: Folha Press

 

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