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PGR pede que STF abra inquérito para apurar racismo de Weintraub em mensagem sobre China

A PGR (Procuradoria-Geral da República) solicitou ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de inquérito contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub, por suspeita de crime de racismo por uma publicação dele nas redes sociais sobre a China e o coronavírus.

A manifestação pela abertura de inquérito é do vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, a partir de representações protocoladas contra Weintraub pelo PSOL e por um cidadão comum. O ministro Celso de Mello é o relator do caso no supremo.

O vice-procurador-geral viu indícios de racismo na mensagem e solicita abertura de inquérito para que haja diligências e explicações por parte do ministro.
Essa é primeira investigação da gestão do procurador-geral da República, Augusto Aras, contra algum membro do governo Jair Bolsonaro.

Em postagem numa rede social no dia 4, o ministro usou o personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, para fazer chacota da China e associar a pandemia de coronavírus a interesses do país asiático.

Na mensagem, ele trocou a letra "r" por "l", assim como na criação de Mauricio de Sousa, ridicularizando o sotaque de muitos chineses ao falar português.
Weintraub apagou a mensagem publicada no Twitter, no sábado, que tinha o seguinte conteúdo:

"Geopolíticamente, quem podeLá saiL foLtalecido, em teLmos Lelativos, dessa cLise mundial? PodeLia seL o Cebolinha? Quem são os aliados no BLasil do plano infalível do Cebolinha paLa dominaL o mundo? SeLia o Cascão ou há mais amiguinhos?", escreveu o membro do gabinete do presidente Jair Bolsonaro.

A embaixada da China reagiu à manifestação do ministro no início da madrugada desta segunda-feira (6), por meio de uma nota publicada no Twitter, na qual classifica as declarações do ministro de "absurdas e desprezíveis", com "cunho fortemente racista e objetivos indizíveis, tendo causado influências negativas no desenvolvimento saudável das relações bilaterais China-Brasil".

PAULO SALDAÑA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) 

 

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