Depois da notícia de que o acusado de pistolagem Raidon Raimundo Sousa ganhou liberdade após ter seu caso analisado no mutirão judiciário, realizado durante esta semana em Teresina, autoridades em segurança voltaram a questionar a ação do Tribunal de Justiça. Em entrevista no Jornal Cidade Verde da noite desta quarta-feira (11), o secretário de Segurança, Robert Rios, começou a relatar nomes de bandidos soltos na Justiça que voltaram a ser presos.

 

Raidon foi preso acusado de pistolagem na região de Fronteiras. "Gastamos dinheiro e salvamos uma vida, porque no dia que ele foi preso, ele estava prestes a matar uma pessoa", disse Robert, alertando para outro homicida solto pela Justiça. "Francisco Dalisson Silva Cruz, o Cural. Ele é frio, perveso, diabólico. Ele matou Alex Inácio dos Santos. Depois que foi solto, chegou em um bar, atirou na pessoa e em um cachorro, e ainda gritou: matei dois cachorros".

 

 

O secretário apresentou outros seis nomes de acusados de roubo que foram presos menos de um mês depois de soltos pela Justiça. "Antes de serem presos, eles cometeram assaltos que infelizmente não foram impedidos", disse Robert, questionando o mutirão novamente. "A solução de soltar não é boa. Essa solução está caindo nas costas da sociedade, quem está sendo assaltado é o trabalhador", acrescentou.

 

 

Robert disse que ainda está fazendo um levantamento dos criminosos libertados pelo mutirão que já foram presos novamente. Abaixo, a lista dos nomes divulgados pelo secretário:

 

André Soares dos Santos
Solto em 9/12/08, preso em 5/1/09

 

Magno Rogério de Araújo
Solto em 12/12/08, preso em 5/1/09

 

Reinaldo Oliveira Ferreira
Solto em 16/12/08, preso em 22/1/09
 

Wesleano Silva dos Santos
Solto em 13/12/08, preso em 17/1/09

 

Domingos Alves da Silva Neto
Solto em 18/12/08, preso em 24/1/09

 

Renan de Sousa Brito
Solto em 5/12/08, preso em 17/1/09

 

 

 

Bonfim garante empenho, mas lamenta soltura
O comandante da Comissão Investigadora do Crime Organizado - Cico -, Bonfim Filho, lamentou a soltura de Raidan. O delegado, no entanto, garantiu empenho para vigiar o acusado de pistolagem, e disse que a polícia não vai confundir o desestimulo com vontade de trabalhar.

 

"Em uma situação como essa, em que o elemento foi solto sem ser julgado, as pessoas vão ficar em pânico na região, especialmente algumas que estão marcadas para morrer. Mas nós vamos monitorar. Não é pelo fato dele ter sido solto que nós vamos fechar os olhos", disse em entrevista à TV Cidade Verde.