A luz que antes era só um borrão na vida da pequena Nataline Luisa Pereira da Silva finalmente tomou forma. A menina de oito anos, natural de Guaribas, foi submetida a uma cirurgia ocular que lhe curou a cegueira congênita, causada por catarata, na última quarta (11) no Hospital Getúlio Vargas. Na manhã desta quinta (12), os curativos foram retirados e a equipe do Cidadeverde.com registrou o momento.
“Agora eu tô vendo pra todo lado! Olha! Minha boneca é rosa! Estou muito feliz, graças a Deus”, disse a falante garotinha ao abrir os olhos, agora conseguindo distinguir com os olhos os presentes que ganhou no hospital, algo que só enxergava com o tato.
Fotos: Carlos Lustosa/CidadeVerde.com |
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Nateline ganhou vários presentes que
ganhou de amigas que fez no HGV. Na
foto, ela está aolado da irmã, Leonice,
com quem veio sozinha de Guaribas. |
“Ela tinha muito pouca visão, só via um borrão de luz. Agora com a ajuda de um óculos pode finalmente enxergar”, diz o oftalmologista João Batista. O médico integra a equipe responsável pelo mutirão oftamológico que vai até cidades do interior do estado para consultar pessoas com problemas de vista e encontrou Nataline em Guaribas.
A cirurgia foi realizada pelo médico Herbert Portela que emocionado disse que “não tem alegria maior como essa, tudo que acontece na vida da gente nada paga isso”, referindo-se à felicidade da menina que passou a ver o mundo de outra forma. Segundo ele, ainda não é possível o quanto de visão a menina recuperou, mas ele garante que se a catarata que tirou a visão de Nataline tivesse sido diagnosticada mais cedo, ela poderia recuperar boa parte da visão.
Família - Atualizada às 15h
Nataline é filha de lavrador e vive em Guaribas com o pai, a mãe e mais seis irmãos. Ela veio a Teresina apenas com a irmã mais velha de 18 anos, Leonice da Silva. As duas estão em uma pensão e não têm dinheiro para voltar. A Secretaria de Saúde informou que já havia se comprometido a pagar tanto a viagem de ida como a de volta.
Fotos: Carlos Lustosa Filho/ CidadeVerde.com
O urso, batizado de Joaquim, foi o primeiro objeto visto por Nataline
Nataline reconheceu as cores dos seus brinquedos porque tinha um
pequeno percentual de visão que lhe possibilitava ver um pouco de luz.
Carlos Lustosa Filho