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Salvaria quem fosse, diz médica que usou carro para socorrer paciente

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A atitude da médica do trabalho, Andréia Araújo, viralizou na internet após ela socorrer um idoso em crise respiratória aguda grave na zona Norte de Teresina e a ação ser gravada e compatilhada nas redes sociais. Em entrevista ao Jornal do Piauí desta quarta-feira (1), a profissional da saúde revelou que teria a mesma atitude caso outro paciente precisasse.

"Essa situação não era para gerar tudo isso. Quem me conhece sabe que eu sou desse jeito. Salvaria quem fosse", disse. 

O caso aconteceu no último sábado (28). Por falta de médico na ala Covid do hospital do Mocambinho, o idoso teria sido orientado a ir para a UBS Valdinar Pereira, que fica no bairro. Mas, na unidade básica de saúde, não tinha balão de oxigênio.

O paciente é Francisco Fernandes de Melo, 62 anos, que chegou na unidade desmaiado com a ajuda de familiares. O idoso foi examinado pela médica que constatou após exames que o quadro era de insuficiência respiratória aguda grave.

"Eu pensei que seu deixasse ele ali teria uma parada cardiorespiratória", conta Andréia sobre o que pensou diante da situação. A médica entrou no carro da família e com a ajuda da técnica de enfermagem levaram o paciente até o Hospital do Mocambinho, que estava sem médico. Lá as duas profissionais estabilizaram o idoso que foi transferido em uma ambulância para uma unidade especializada.

Andréia Araújo conta que a procura de pacientes em estado grave está se tornando rotina na UBS. Questionada sobre o sentimento que a levou a tomar tal atitude, ela revela:

"Empatia. Se fosse comigo, eu gostaria de ser atendida assim, se fosse com meu pai, eu gostaria que fosse atendido dessa forma", contou. 

Além da rotina na unidade de saúde, Andréia é mãe e além das 12 horas diárias ela também ajuda o filho na lição de casa. Para os profissionais da linha de frente de combate à Covid-19, a médica dá um conselho.

"Paciência, porque isso vai acabar e cabe a nós fazer esse trabalho. Não tem outro jeito. Se não for por nós, esses pacientes morrem", disse. 

Valmir Macêdo
[email protected]

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