O ex-coronel Correia Lima acaba de ser transferido nesta sexta (13) por policiais do GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais) da sede do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) em Teresina para o presídio da cidade de Parnaíba.

 

O comandante da Polícia Militar, Coronel Francisco Prado, confirmou que recebeu o ofício no fim da manhã determinando a transferência. O documento foi enviado à cúpula da PM por volta das 11h30 pela Secretaria de Justiça e pela Secretaria de Segurança do Estado. 

O ex-coronel Correia Lima teve a transferência decretada nesta quinta (12), pelo juiz Carlos Marcello Sales Campos, durante o Mutirão Carcerário.

 

 

Atualizada às 12h40 

O coronel Prado acabou de chegar à sede do Bope (Batalhão de Operações Especiais) onde fará uma reunião para definir o esquema do transporte do ex-coronel Correia Lima. Peritos do Instituto Médico Legal também foram à sede do Grupo para fazer o exame de lesão corporal no ex-militar. A Polícia Militar não confirmou ainda o horário oficial da transferência de Correia Lima.

 

 

 

 

 

 

O ex-coronel Correia Lima foi conduzido a Parnaíba dentro do bagageiro de uma viatura da Polícia Militar. Segundo o coronel Prado, o preso estava tranquilo, recebeu a filha e o irmão que é pastor. "Ele já havia sido informado pelos advogados de tudo o que estava acontecendo. Lamentou a transferência porque queria estar ficar na Casa de Custódia em Teresina, onde ficaria perto da família, mas acatou a decisão e já tinha arrumadas suas malas", declara Prado.

 

 

José Viriato Correia Lima nasceu no Ceará e é acusado de ser o chefe do crime organizado no Piauí nos anos 90, após ser reformado na Polícia Militar.

 

Ele é acusado de ter desviado dinheiro de verbas federais para saúde e educação através de empresas fantasmas em diversos municípios e de ter participação em dez assassinatos, entre eles os de prefeitos que não quiseram participar do esquema da fraude. Em dois outros casos, os mortos, um caseiro e um motorista de Correia Lima, haviam deixado um seguro de vida que tinha como beneficiários a mulher e a filha do ex-coronel.

 

Em 1999, Correia Lima foi preso e recolhido a um quartel da Polícia Militar de onde dispunha de regalias como telefones celulares e televisão por assinatura, além de receber visitas à vontade.

 

Foi julgado e condenado por alguns de seus crimes, em 2007 cumpre pena de 23 anos e 9 meses num quartel da PM do Piauí. Ficou preso por seis anos na sede do Bope em Teresina. Perdeu sua patente de coronel e foi transferido para uma penitenciária comum.