A embaixada da Suíça no Brasil enviou na noite desta sexta-feira (13) uma nota à imprensa informando que os exames médicos feitos pelo Hospital Universitário de Zurique, onde Paula Oliveira está internada, indicaram que a advogada brasileira, de 26 anos, não estava grávida no momento da suposta agressão.
Paula afirma ter sido atacada por três skinheads, na última segunda-feira (9), em uma estação de trem nos arredores de Zurique. Devido aos chutes e agressões com estilete --onde os criminosos teriam desenhado símbolos nazistas no corpo-- a brasileira afirma ter sofrido um aborto no banheiro.
A versão sustentada pela família é a de que a brasileira estava grávida de três meses de duas meninas. Porém, tanto a polícia de Zurique quanto peritos do Instituto de Medicina Forense negam a versão.
Sem entrar em detalhes sobre os exames, a embaixada afirmou apenas que "todas as outras questões em aberto estão sendo averiguadas minuciosamente".
O órgão também lamentou o "incidente humanamente trágico" e disse que "apresenta à cidadã brasileira e aos seus familiares a sua solidariedade". Segundo a embaixada, as autoridades suíças "prosseguirão cuidadosamente as investigações".
Segundo a polícia, as investigações serão concluídas nos próximos dias. "Por este motivo, a polícia pede compreensão para que não sejam fornecidas outras informações", afirma a polícia, que fornece o telefone 0 444 117 117 para denúncias anônimas.
Outro lado
Tales afirma que familiares souberam das declarações do perito pela imprensa. Ele disse que a jovem nunca apresentou problemas psiquiátricos ou comportamentos diferentes do habitual. "Era normal", disse.
Partido
O porta-voz do partido SVP (Partido do Povo Suíço), Alain Hauert, disse que a versão apresentada pela advogada brasileira, de que teria sido espancada por skinheads do partido --em uma estação de trem em Zurique-- é falsa.
"Como a polícia anunciou, Oliveira não estava grávida e ainda há muitas dúvidas sobre a sua vida na Suíça. Por último, parte da versão apresentada é falsa. Neste momento, a polícia irá continuar as investigações para descobrir o crime exato que foi cometido", afirmou Hauert, em uma entrevista enviada à Folha Online, por e-mail.