Atualizada às 9h22

Por volta das 9 h, motoristas e cobradores retornaram ao trabalho após a paralisação da manhã desta terça-feira (08) que durou cerca de duas horas. A categoria cobra o cumprimento dos acordos firmados através da Medida Provisória que trata da redução de jornada de trabalho, e promete continuar mobilizada. Novas manifestações não estão descartadas. 

"Hoje, o principal problema é o não cumprimento da MP, que garante o pagamento dos tickets alimentação, do plano de saúde. Os empresários aderiram à MP mas não pagaram os 30% do salário. O governo pagou os 70%, mas os empresários não pagaram a sua parte. Tivemos que fazer essa manifestação porque estamos prejudicados. A própria empresa fez a adesão, mas não está fazendo a parte dela", explicou o presidente do Sintetro, Ajuri Dias. 

O presidente do Sintetro também afirmou que  a categoria vai tentar uma nova rodada de negociação com a classe patronal, representada pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina(SETUT). "Vamos buscar um diálogo para que a gente resolva essa situação", destacou. 

Por meio de nota, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito( Strans) informou que 'vem acompanhando as negociações entre o Setut e o Sintetro desde a paralisação ocorrida entre junho e agosto deste ano, com duração de mais de 80 dias'. 

A Superintendência também reforçou que 'está aberta a mediar no que for necessário e torce para que patrões e empregados entrem em acordo com relação às questões reivindicadas como pagamentos, plano de saúde e ticket alimentação'.

 

Motoristas do transporte coletivo em Teresina paralisaram as atividades no início da manhã desta terça-feira (08). Nas praças da Bandeira e Saraiva, no centro da cidade, há uma fila de ônibus. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), a manifestação deve se estender por cerca de 2 horas.

A categoria protesta após cortes nos salários e ticket alimentação. Eles alegam que uma das empresas, que não aderiu à MP do Governo Federal de suspensão dos trabalhos durante a pandemia do novo coronavírus, teria pago apenas oito dias de serviço quando deveria ter pago por 19 dias. As demais empresas que recorreram à medida, de acordo com o Sintetro, não teriam repassado os 30% determinado pela MP. 

Foto: Gorete Santos/ TV Cidade Verde

Por meio de nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Teresina (Setut) informa que as empresas vêm cumprido com os pagamentos da folha aos seus colaboradores (motoristas, cobradores e demais setores), conforme preconizam os ditames das MPs e decretos federais nos últimos quatro meses, para atender necessidades diante do cenário da pandemia Covid 19. 

Foto: Gorete Santos/ TV Cidade Verde

Sobre o ticket alimentação, a entidade esclarece que desde de janeiro de 2020, as empresas estão desobrigadas a pagar, uma vez que este item não foi motivo de negociação coletiva para 2020. Portanto, não há obrigação legal.

 

Graciane Sousa e Natanael Souza
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Com informações Gorete Santos (TV Cidade Verde)