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Cola cirúrgica alternativa para impedir queloides no pós-operatório

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Uma preocupação recorrente na realização das cirurgias plásticas é com o processo de cicatrização. Sempre que ocorrem intervenções em algum tecido do corpo, de forma acidental ou cirúrgica, haverá o surgimento de uma cicatriz, devido aos mecanismos próprios do organismo humano. No local onde foi realizado o procedimento cirúrgico, pode acontecer um crescimento anormal de tecido cicatricial, denominado de queloide. Para evitar isso, a cola cirúrgica tem sido uma ótima alternativa, pois otimiza a cicatrização e evita o aparecimento dessas alterações na pele.

Com os mesmos princípios ativos da supercola doméstica, a cola cirúrgica, no Brasil, é reconhecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Sua utilização como agente cicatrizante na pele chega a reduzir em até 75% o tempo total de operação. A redução nesse tempo da intervenção acontece pela diminuição do período necessário de anestesia, que seria realizado para a realização da sutura comum.

Além disso, a cola cirúrgica evita riscos de infecção por conta da rápida cristalização, que em menos de 60 segundos após a aplicação gera uma barreira contra microrganismos. O cirurgião plástico William Machado, ressalta que esse procedimento é seguro desde que realizado por um cirurgião membro e certificado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

"A utilização dessa alternativa é totalmente segura. A cola cirúrgica não apresenta nenhum risco ou dano para a vida do paciente. Algumas colas, no entanto, precisam de incidência de raios ultravioleta para a secagem. Por isso, o cirurgião precisa estar apto e certificado pela SBCP para utilizar o produto de acordo com as especificações técnicas de cada tipo", disse o especialista.

A cola cirúrgica também ajuda na qualidade da cicatriz, que esteticamente deve ser fina, plana, com coloração semelhante ao local em que está e bem discreta. Diferentemente quando é utilizada as suturas comuns, que em alguns casos, pode ocasionar o aparecimento dos queloides deixando a aparência da pele desagradável.

"Os queloides podem surgir após qualquer procedimento cirúrgico realizado com suturas comuns e nós especialistas fazemos o possível para evitar o seu aparecimento. Mas, isso vai de organismo para organismo, é como se a cicatrização não soubesse quando parar de produzir novo tecido. Alguns casos apresentam dor, coceira ou sensação de queimação ao redor da cicatriz. Porém, quando o paciente opta pela cola cirúrgica esses possíveis problemas posteriores não são identificados", finaliza William Machado.

 

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