O presidente do Sambão, Manoel Messias, fez críticas na noite deste domingo (22) aos concorrentes antes mesmo deles entrarem na avenida. Sem se referir ao nome da escola, ele questionou o enredo da Brasa Samba, uma das campeãs do ano passado. Para o diretor da rosa e branco, a inclusão de alegorias que estariam fora do contexto proposto deve ser observado pelos jurados do Carnaval de Teresina.

 

"Nós saímos tudo dentro do enredo. Agora há uma escola que ainda não desfilou que colocou coisas que não consigo entender. O que tem a ver um tigre com comunicação? Um elefante? A caracterização de enredo é fundamental. Escola que não segue enredo não devia nem ser julgada, devia ser eliminada", disse Manoel Messias, depois de perguntado sobre a expectativa do resultado do Carnaval. O enredo é "A Maravilha da Comunicação e os 40 anos da Brasa".

 

O primeiro carro da Brasa Samba, "Desde o começo da Comunicação", fala das primeiras formas de comunicação. No resumo apresentado à imprensa, a escola afirma que irá mostrar "sinais primitivos e de fumaça, tambores, a arca de Noé - os animais e a pomba que trouxe o galho de oliveira anunciando o fim do grande dilúvio; índios e homens primitivos". No ano passado, foi o Sambão que teve a presença de um tigre questionada.

 

Messias espera chegar ao título mesmo com os problemas provocados pela chuva. "A chuva caiu toda em cima da nossa escola, mas mesmo assim acho que nosso desempenho foi bom", falou o diretor. A asa da égua, símbolo da escola no carro abre-alas, quebrou no primeiro temporal da noite, mas ele acredita que isso foi apenas um detalhe que não vai tirar pontos.

 

O Sambão desfilou com cerca de mil componentes, e promete entrar na avenida com mais  integrantes no desfile de terça-feira. "Nós confiamos nos jurados e esperamos que seja feita Justiça, que ganhe quem realmente desfilou melhor. Nosso grande objetivo é participar, mas é claro que todo mundo compete para querer ganhar. Nosso resultado vai depender da observação dos jurados. Só queremos que eles dêem a César o que é de César", concluiu Messias, demonstrando ainda certo inconformismo com a derrota em 2008 por poucos décimos.