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Covid: governo estuda ações para evitar "segunda onda" e pede reforço na prevenção

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O secretário estadual de Saúde, Florentino Neto, chama a atenção para o relaxamento das medidas de proteção contra o novo coronavírus, pois, em muitos países, é possível destacar uma possível "segunda onda" de crescimento descontrolado e acelerado de infecções. Para evitar que o Piauí passe por isso, o secretário pede o reforço na prevenção e no respeito aos protocolos sanitários. Florentino Neto ressalta que o Piauí já apresentou aumento no número de casos e de mortes pela doença no mês de setembro.  O governo estuda alternativas para não retrocer e voltar a adotar medidas mais restritivas de isolamento social. 

De acordo com o boletim Covid-19 da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), na segunda-feira (28) o Piauí registrou 494 novos casos confirmados e seis mortes pela doença. Na terça-feira (29), os números foram de 859 novos casos e 15 mortes. 

Desde o início da pandemia no Estado, a Sesapi contabiliza 96.086 casos confirmados, 33.469 descartados e 93.458 pessoas recuperadas. Todos as cidades do Piauí registram casos confirmados da doença, mas apenas 172 municípios tiveram mortes. Até hoje, 2.122 moradores do Piauí perderam a batalha para o novo coronavírus e faleceram. Esses dados são do dia 29 de setembro de 2020. 

Floretino Neto destaca que o Centro de Operações de Emergência - criado para acompanhar a pandemia da  Covid-19 - observa os dados com preocupação. O secretário alerta que a segunda onda surgiu em lugares após o relaxamento e o despeito aos protocolos sanitários após a flexibilização das atividades econômicas. 

"O Centro de Operações de Emergência esteve reunido ontem avaliando, inclusive, o número de casos. Ontem a gente teve uma subida além da média.  Temos que olhar sempre para os outros países e regiões. Em algumas regiões onde houve uma retomada, onde houve uma nova onda, as restrições voltaram".

O secretário destaca que o Governo do Estado, neste momento, estuda possibilidades para barrar essa "segunda onda" de infecções sem precisar adotar medidas mais rígidas de isolamento social.  Florentino Neto pede que as pessoas continuem a adotar os protocolos sanitários para reduzir a transmissão do novo coronavírus no estado. 

"Nós faremos de tudo para não precisar retroagir as decisões que tomamos até agora Sempre tenho chamado a atenção para que a gente possa obedecer os protocolos, a etiqueta respiratório, a higienização das mãos, o uso de máscara, o distanciamento e que a gente evite excessos".

Segunda onda

Em setembro, as infecções pelo novo coronavírus voltaram a crescer na Europa, principalmente na França, chegando a bater recorde de novos casos da Covid-19. Essa "segunda onda" de infecção crescente e descontrolado deixou muitos países, inclusive o Brasil, com temor sobre o aumento do número de casos. Na terça-feira (29), o mundo ultrapassou a marca de 1 milhão de mortos por Covid-19. 

No Brasil, recentemente, a cidade de Manaus , capital do Amazonas,  chegou a apontar para uma "segunda onda" da doença. No entanto, especialistas disseram que - apesar do aumento do número de casos - o estado ainda não vive um novo pico da doença. 

Em muitos países, os governos voltaram a adotar medidas mais restritivas de isolamento social para conter o aumento de casos e mortes.  Em nove meses, o novo coronavírusr 188 países registram oficialmente casos confirmados do novo coronavírus.. Em apenas 12 não há registros de casos. 

Na França, por exemplo, por determinação do governo francês, os bares de Paris e de outras dez cidades fecharão as portas a partir de 22 horas. A França está com mais de 10 mil novos casos diários, isso representa aumento de 50% com relação aos últimos 14 dias.

 

Carlienne Carpaso
[email protected] 

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