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"Lei seca" tem relação com aumento de vítimas de acidentes

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A "lei seca" que deve vigorar no Piauí nos próximos fins de semana tem relação direta com o aumento expressivo no número de traumas causados por acidentes e que lotam o sistema de saúde. A informação é do médico infectologista José Noronha, membro do Centro de Operações Emergenciais (COE), que explica que proibição da venda de bebida alcóolica tem como objetivo reduzir o número de internações. O decreto ainda não foi assinado pelo Governo. 

O infectologista ressalta que as notificações de casos de coronavírus é real e não está descartado a adoção de medidas mais rígidas pelo Governo. 

"Não chamaria de medida preventiva porque o aumento do número de casos, de notificações, de internações e óbitos é real, já aconteceu. Então, estamos reagindo e essa reação é precoce. Não podemos esperar aumentar ainda mais porque temos uma quantidade muito grande de piauienses que dependem do sistema para outras consultas e cirurgias eletivas que, neste momento, não podem ser postergadas por causa do coronavírus", explica o infectologista. 

Em entrevista ao Notícia da Manhã, ele também comentou sobre nota técnica do COE sobre as atividades políticas que, segundo ele, coincide com o aumento de casos de coronavírus no estado. 

"Há um nexo temporal muito bem caracterizado a partir do início da atividade eleitoral iniciada em 27 de setembro e o aumento de notificações e óbitos em 11 de outubro [...] temos uma plataforma que acompanha as notificações em tempo real. Quando acontece um evento com aglomeração, sete dias depois, a gente um aumento de notificações de casos de coronavírus. Isso está diretamente direcionado", alerta Noronha.

O médico reforça que a população devem obedecer as medidas de etiqueta  respiratória e conclama a população "a pensar no outro"

"As pessoas têm deixado de usar a máscara, de manter o distanciamento social e higienizar as mãos [...] se todos não trabalharem em conjunto, a gente pode ter um cenário de uma nova onda, que já está acontecendo na Europa. Lembrem que tiveram pessoas que passaram todos os meses de pandemia sem acompanhamento médico e hoje estão precisando de cuidados de mais alta complexidade e elas não podem se esquecidas", disse José Noronha.


Graciane Sousa
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