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Santos cai de rendimento no 2° tempo, perde para o Ceará e cai na Copa do Brasil

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Não deu para o Santos na Copa do Brasil. Com queda de rendimento no segundo tempo e Marinho abaixo do nível habitual e descontrolado, sucumbiu diante do Ceará fora de casa e acabou eliminado nas oitavas de final. Vinícius decidiu a vitória cearense por 1 a 0 em belo voleio, nesta quarta-feira, no Castelão.

Foto - Ivan Storti - Santos

Foram 180 minutos e nenhum gol do Santos no confronto. E não por falta de chances. Assim como no jogo da Vila Belmiro, a equipe criou e não caprichou. Em casa foi Marinho quem não estava inspirado. No Castelão, Soteldo é quem mais apareceu e falhou na hora H.

Depois de abusar de perder gols na etapa inicial, o Santos parece ter cansado na fase final. A ponto de não ameaçar o gol de Fernando Prass. Marinho só apareceu pelo descontrole emocional. Reclamando a todo lance e sem acertar nada. 

No fim ainda partiu para cima do árbitro sem motivos. Talvez querendo arrumar um álibi para o futebol apático dele, do time na etapa final e para uma eliminação justa. Resta ao Santos colocar a cabeça no lugar e focar no Brasileirão e na Libertadores, na qual está nas oitavas e vem fazendo ótima campanha.

Mesmo com o retorno do experiente Pará, Cuca optou pela manutenção de Madson na lateral direita. O reserva fez gol no fim de semana diante do Bahia e está em crescimento. Havia, ainda, a possibilidade de deslocamento de Madson para a zaga, no lugar do suspenso Lucas Veríssimo. 

O treinador não quis inventar e optou por Luiz Felipe. Na frente, a confiança de Cuca era no brilho de Soteldo, Marinho e Kaio Jorge. O trio foi bem nos 3 a 1 sobre o Bahia e carregava a missão de gols e vaga aos santistas.

Como o empate não servia a ninguém, as equipes adotaram uma postura ofensiva no primeiro tempo. Era lá e cá. O Santos assustou logo aos 8 minutos com Soteldo. A bola passou raspando. A resposta veio com Léo Chú achando Rafael Sóbis na cara de João Paulo. O atacante finalizou para bela defesa do goleiro.

O venezuelano estava disposto. Deu um belo voleio aos 25 minutos e mais uma vez errou o alvo por pouco. Soteldo estava aceso, mas faltava Marinho aparecer no Castelão. Uma bicicleta torta foi o único lampejo na primeira etapa.

O Santos até ia bem na frente, mas atrás errava passes e saídas de jogo, atraindo o rival perigosamente. As falhas fizeram crescer o ataque cearense. Os donos da casa quase abriram o marcador com Charles e Rafael Sóbis após bobeiras da defesa.

O grande lance antes do intervalo foi uma arrancada em velocidade do Santos. Soteldo recebeu e, ao invés de servir Marinho, optou por finalizar.

Sem o capricho que tanto Cuca cobra, mandou longe do gol a chance clara. Apesar da apresentação agradável e ofensiva das equipes, o gol teimou em não sair. Após três tempos, nada de bola na rede na disputa entre os alvinegros.

O que os treinadores fariam para mudar o rumo na disputa? Guto Ferreira optou pela manutenção. Cuca resolveu fechar o time um pouco mais com a entrada de Sandry. Destaque no domingo, Jobson não repetiu a dose no Castelão e saiu.

A novidade de Cuca iniciou bem sua participação. Desarmando, distribuindo as jogadas e até finalizando. Diferentemente do primeiro tempo, contudo, a partida ficou mais equilibrada e menos aberta. As chances já não apareciam tanto. Um chute aqui, outro lá, mas nada de perigo.

Se Cuca foi precavido, Guto Ferreira resolveu botar fôlego novo na frente. Colocou Leandro Carvalho e o estreante Felipe Vizeu e, um minuto depois, conseguiu abrir o placar.

Vizeu tocou para Fernando Sobral cruzar. Ela desviou, subiu e terminou em Belo boleiro de Vinícius. Restavam 20 minutos para o Santos acordar na etapa ou dar adeus à Copa do Brasil.

Cuca optou por apostar nos meninos e lançou Marcos Leonardo, Lucas Braga e Lucas Lourenço. Encheu o time de opções ofensivas atrás do empate. Mas de nada adiantou. O time nada fez numa etapa bem abaixo e ainda perdeu a cabeça nos minutos finais.

Sandry foi expulso e Marinho também merecia o vermelho. Por acúmulo de faltas e por partir para cima da arbitragem após o apito final. Destempero desnecessário em dia de atuação para se esquecer.

Por Fabio Hecico, especial para a AE
Estadão Conteúdo

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