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Grávida de 8 meses é presa suspeita de vender drogas em Teresina

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Foto: DEPRE/Policia Civil do Piaui

Atualizada às 17h50

Uma grávida de 8 meses foi presa suspeita de traficar drogas na zona norte de Teresina. A prisão ocorreu nesta sexta-feira (27) no bairro Parque Alvorada, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão pela equipe da Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (DEPRE). O esposo da grávida, identificada pelas iniciais S. R. M. S – de 28 anos, está preso pelo crime de tráfico de entorpecentes. 

No momento em que a equipe chegou ao local, um homem que acompanhava a grávida tentou se desfazer de parte da droga e de uma balança de precisão, jogando no quintal do vizinho. A polícia apreendeu drogas do tipo cocaína e maconha. Ele foi identificado como J.V.S.O, de 22 anos. A polícia encontrou drogas em bolsas e na residência. 

“Nós tínhamos a informação de que essa casa era usada como ponto de venda de drogas. As investigações avançaram e tivemos as informações de que havia pelo menos uma mulher e um homem na comercialização, e que ela estaria grávida. O marido dela atualmente está preso por tráfico de drogas. A informação também era de que ela teria assumido (a comercialização)”, diz o coordenador da Depre, delegado Luciano Alcântara. 

Os dois presos em flagrante foram encaminhados para a Central de Flagrantes de Teresina para os procedimentos necessários. Eles não relataram a quem pertenceria o material apreendido. A casa usada para vender a droga está localizada a 400 metros de uma creche e de uma escola pública.

A grávida poderá responder o processo em liberdade, seguindo uma decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a conversão da prisão preventiva em domiciliar de mulher grávida no final da gestação. O caso discutido pelo STF envolvia uma grávida de sete meses presa pela acusação de tráfico de drogas e associação ao tráfico em São Paulo.   Para o ministro Gilmar Mendes, a "concessão da prisão domiciliar encontra amparo legal na proteção à maternidade e à infância, como também na dignidade da pessoa humana". 

"Temos verificado um aumento na presença das mulheres a frente do crime de tráfico de drogas, sendo que em alguns casos como o de hoje, estas mulheres grávidas ou com crianças pequenas são  cooptadas (para o tráfico) sob a alegação de que se forem presas poderão ser colocadas mais facilmente em liberdade, baseado em decisões como a do STF, podendo voltar ao local de tráfico”, comenta o delegado.

 

 

Carlienne Carpaso
[email protected] 

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