O delegado da cidade de Barras, Laércio Oliveira, acusado por ter espancado um agricultor durante o carnaval, apresentou defesa hoje (03)  no programa Jornal do Piauí. Por telefone, o delegado negou as acusações e informou sua versão do fato.

 

Segundo ele, um grupo de agricultores do povoado Estreito havia denunciado Luis Carlos de Araújo Rego por ter matado vários animais e ameaçado vizinhos. Por conta disso, a equipe de polícia foi investigar o teor das acusações de porte ilegal de arma e ameaça de morte feitas contra o idoso.

 

Ainda de acordo com Laércio Oliveira, no momento da abordagem, o agricultor estava com um revólver calibre 38 cheio de balas e uma faca grande. “Ele se recusou a mostrar a arma e puxou uma faca ameaçando o policial, que deu voz de prisão. O policial me ligou e ao chegar no local, o idoso estava bastante alterado. Em seguida, ele foi levado à delegacia e depois ouvido. O policial que fez a abordagem entrou no gabinete com a arma e a faca do acusado”, explicou.

 

Laércio Oliveira declarou que, após ter sido xingado e ameaçado de morte, ordenou a colocação do idoso em uma das celas da delegacia. Mas antes, segundo ele, Luis Carlos foi despido para que fizessem a vistoria. “Ele resistiu à cela, e só foi colocado lá à força. Ele foi despido e submetido à uma vistoria normal”, disse. Neste ponto, o idoso poderia ter sido torturado.

 

Por conta dos ferimentos graves, fruto do possível espancamento, o agricultor foi trazido para Teresina e ficou internado no Hospital de Urgências. No local, uma assistente social resolveu apresentar a denúncia à Delegacia do Idoso. Através do exame no Instituto Médico Legal, foi constatado o espancamento. Em relação a isso, o delegado se defende. “Recebemos a informação de que ele tinha hipertensão e foi levado ao Hospital por conta disso. Não descartamos a possibilidade de auto mutilação”, declara