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Com bandeira de Marielle e cruzes, ato pede fim do racismo e violência contra mulher

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Uma imensa bandeira com o rosto da vereadora Marielle Franco e cruzes representando vítimas de feminicídio marcaram o Dia Internacional de Direitos Humanos em Teresina. O ato ocorreu nesta quinta-feira (10) em frente ao Tribunal de Justiça do Piauí e os pedidos foram pelo fim da violência contra mulheres e negros, além  de celeridade no julgamento dos processos criminais. 

Anuxa Kelly Leite, 34 anos, sobrevivente do atropelamento que matou sua amiga Vanessa Carvalho, participou do movimento, mas não permitiu a divulgação da sua imagem. 

"Fui convidada pela primeira vez e vim dar o meu apoio pelo o que ocorreu comigo e com minha amiga Vanessa. Me sinto impotente porque já era pra ter ocorrido o julgamento. Mas isso é o Brasil", disse Anuxa Kelly. 

Ana Alice, tia de Vanessa Carvalho, lembra do sofrimento que é vestir uma camisa com o rosto da sobrinha assassinada em setembro de 2019.

"A gente revive tudo em cada manifestação. Isso mexe com tudo e o que angustia é essa morosidade da Justiça. A gente tem que manter viva a imagem dela e essa punição tem que ocorrer. Ele continua preso e essa pressão é para que ele permaneça preso, para que ele seja julgado antes da soltura. Enquanto ele estiver preso é mais segurança para a nossa família e para outras famílias. Quando se tem um bandido preso é menos uma pessoa na rua para fazer maldade. A gente não quer que outros familiares passem pelo que estamos passando", disse Alice.

"Projeto de genocídio em massa", alerta militante negra

Para Assunção Aguiar, do Grupo Afrocultural Coisa de Nêgo,  ir às ruas chamar atenção contra o feminicídio é falar também sobre a mulher negra. 

Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com

"Somos um grupo que busca mostrar para a sociedade, a violência sofrida pelos negros e negras e mostrar que nós precisamos ter direito a cidadania e a Justiça. O dia é simbólico porque queremos dizer para os homens e mulheres que fazem a Justiça no Piauí que precisam olhar para esses processos de forma cuidadosa, de forma a punir. Diferente disso, vamos continuar a ser estatística, sem nenhum resultado", disse Aguiar que também é gerente de igualdade social do estado. 

Ela avalia que a ausência de Justiça para casos graves no mundo fortalece atitudes racistas. 

"Estamos em um governo que é normal morrer. Isso a gente vê com a Covid. Quando se tem na corte maior, alguém que pode parar e termina absolvendo criminosos gravíssimos, isso endossa a roda: eu mato e amanhã vai tá tudo bem. Tem um projeto em curso de genocídio em massa da população brasileira. As pessoas até dizem que não estão morrendo só negros, mas pobres. E eu pergunto quem é a maioria dos pobres? precisamos compreender que isso não pode ficar dessa forma e a rua quem vai dar essa resposta para quem está dentro de espaços com ar-condicionado. Ao contrário disso, vamos continuar morrendo e sendo estatísticas", alerta Assunção Aguiar. 


 

Graciane Sousa
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