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COE defende restrições e destaca risco de colapso na saúde do estado do Piauí

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Foto: Roberta Aline 

Diante dos questionamentos e críticas às medidas restritivas estabelecidas no decreto emitido pelo governo do Estado, o Comitê de Operações Emergenciais (COE) divulgou no início da tarde deste sábado (30) uma nota de esclarecimento à população piauiense. No documento, os membros do COE argumentam que desde o início de janeiro de 2021 há uma diminuição progressiva da porcentagem de leitos livres de UTI Covid no Piauí, o que acende o sinal de alerta para a possibilidade de colapso no sistema de saúde do Estado. 

Além da taxa de ocupação dos leitos de UTI, os membros do Comitê de Operações Emergenciais também citam outros fatores que tornam o momento atual da pandemia delicado no Piauí, como o aumento de casos de Covid em decorrência das aglomerações ocorridas nas festas de final de ano, aumento da demanda nacional por equipamentos, medicamentos e insumos hospitalares, retorno das atividades escolares presenciais com maior circulação de pessoas, além da presença de novas variantes genéticas do vírus coronavírus no território brasileiro, com maior poder de disseminação. 

“É dever do COE alertar sobre a importância das medidas constantes do Decreto nº 19.455/2021. A normatização nele contida promove ações que contribuem decisivamente para evitar risco de colapso da rede pública de saúde. A restrição à circulação de pessoas não constitui uma punição a ninguém, mas uma opção disponível para reduzir a transmissão da doença, utilizada no mundo inteiro”, diz um trecho do documento. 

 

Gráfico mostra índice de ocupação de leitos de UTI Covid na rede pública de Teresina 

 

Os membros do Comitê de Operações Emergenciais também destacam que a população precisa contribuir com o enfretamento da doença, diante do momento crítico vivenciado. 

“Diante da discussão em torno das medidas adotadas pelo decreto estadual, sentimo-nos na obrigação de alertar a sociedade e as instituições sobre os pontos destacados, ressaltando que a rede de saúde de Teresina é referência para todo o estado e que um colapso no atendimento na capital trará consequências graves para todos os municípios. Por isto, temos que continuar o trabalho que vem sendo executado, garantindo acesso de todos aos serviços assistenciais, mas, para tanto, todos temos que contribuir, respeitando as medidas de prevenção”, destaca o texto.

 

 Clique e confira a íntegra do documento do COE

 

O decreto 

Publicado na última terça-feira, o decreto do governo do Estado estabelece medidas mais duras para o enfrentamento da covid-19, como a proibição de aglomerações e restrições ao funcionamento do comércio. As normas permanecem em vigor até o dia 21 de fevereiro. 

Entre as medidas está o funcionamento do comércio até às 17h, sendo que bares e restaurantes só podem abrir até às 23h.  

O documento determina a suspensão, em todo o Piauí, da realização de festas ou eventos comemorativos do carnaval, incluindo prévias carnavalescas e similares, em ambientes abertos ou fechados, promovidos por entes públicos ou pela iniciativa privada. Da mesma forma, fica estabelecido que o poder público não poderá financiar ou apoiar eventos carnavalescos no período de vigência do decreto.

Ao longo da semana, representantes da classe artísticas e empresários protestaram contra as medidas e cobraram flexibilização. 

 

 

 

Natanael Souza
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