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Covid: especialistas explicam eficácia e cuidados com as máscaras de tecido

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Indispensável na proteção contra a Covid-19, as máscaras se diversificaram no material de fabricação, na modelagem e no estilo, mas você sabe qual é a mais eficaz?  Não basta usar a máscara e acreditar que está reduzindo as chances de infecção pelo novo coronavírus, as pessoas precisam ter cuidados essenciais na hora de escolher e de usá-las no dia a dia.  

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o uso da máscara de tecido com tripla proteção. O professor doutor em Engenharia Têxtil, Jefferson Mendes, explica que o mesmo tecido não pode ser usado para as mesmas camadas. Jefferson Mendes é docente do curso de Moda, Design e Estilismo na Universidade Federal do Piauí. 

“A primeira camada e a segunda camada eu aconselho, realmente, que sejam tecidos de material sintético: ou poliéster ou poliamida com estruturas diferentes. O usuário pode colocar uma terceira camada de tecido de algodão”.

O professor pede que as pessoas observem o grau de transparência das máscaras. Se a máscara está muito transparente, isso quer dizer que o tecido é muito poroso, que o “nível de eficácia e a filtração é muito pequena”. 

“As malhas devem ser descartadas porque pela sua natureza é um tecido muito poroso. No caso dos tecidos, a questão da espessura - se um tecido é mais grosso ou mais fino - não quer dizer que o tecido mais fino não tenha uma eficácia maior”.

Mesmo utilizando os tecidos mais indicados, nenhuma máscara garante 100% de proteção. Além disso, a eficácia vai reduzindo ao longo do tempo de uso, devido o desgaste natural. Por isso, o mais recomendável pelos especialistas em Engenharia Têxtil é que a máscara seja descartada após 10 lavagens. 

As máscaras cirúrgicas continuam sendo as mais eficazes na proteção contra o novo coronavírus, garantindo mais de R$ 90% de proteção, mas não devem ser usadas por mais de duas horas. O custo em adquirir uma caixa de máscara cirúrgica é inacessível para muitos, pois, a depender da marca, o valor pode chegar a R$ 70, com 50 unidades. 

O estudante de Moda, João Victor, no início da pandemia, até duvidava da eficácia das máscaras, mas logo aprendeu o porquê delas serem tão necessárias na prevenção ao novo coronavírus. “Eu fui entender que, além de serem utilizadas para filtrar o ar que a gente respira, elas também servem para filtrar o ar que a gente expira”.  

Já Érika Araújo, doutora em Biologia, ressalta que para as máscaras serem realmente eficazes, elas não podem ser feitas, por exemplo, de material trançado, bordado e de tricô. “Elas têm que ser feitas de um tecido com uma trama mais fechada e de preferência 100% algodão com pelo menos duas camadas”. 

“Vale ressaltar também que a gente tem que trocar essas máscaras, pelo menos, de duas em duas horas ou quando a gente sentir que a máscara está úmida”. 


Carlienne Carpaso
[email protected] 

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