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Badminton: ‘Irmãos Farias’ relatam crises de ansiedade fora das quadras

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Foto: Roberta Aline

Se você conversar com um atleta de alto rendimento por poucos minutos vai perceber que a vida deles se resume a palavra – treinos. A rotina repetitiva, porém, necessária é algo fundamental para colher os resultados, mas no ano passado todos eles viram essa prioridade mudar. Ficar em casa e em segurança era o que importava, mas o baque para alguém que tinha um dia-a-dia tão regrado era inevitável e foi o caso dos irmãos piauienses Francielton e Fabrício Farias, atletas da Seleção Brasileira de Badminton. 

Cada um deles sentiu de forma diferente a parada de 11 meses das atividades nas quadras. Francielton relata que a ansiedade era altíssima e foi necessário buscar ajuda profissional. 

“Parar para mim foi o baque. Eu tive crises de ansiedade terríveis.  Foi uma época difícil para mim porque eu tinha uma rotina né? Tive que treinar em casa e adaptar tudo da forma que conseguia, então tive crises de ansiedade, não estava dormindo direito e ficava naquela incerteza de quando tudo iria voltar. Aquela busca vazia, então isso me deixava meio aflito, mas procurei especialistas e deu uma melhorada e agora estamos aqui”, disse Francielton Farias.

No caso de Fabrício Farias a pausa longa e obrigatória mostrou para o atleta que está dentro do circuito olímpico e brigando por vaga em Tóquio (2020/2021) o quando estava mentalmente cansado e vivendo uma rotina de excesso nas quadras. 

“Para ser sincero, eu precisava parar um pouco. Estava muito cansado, chegamos a competir três campeonatos seguidos e a gente não aguentava mais e tipo, estava cansado mentalmente pelo menos para mim e viver um pouco a vida fora do badminton. O tempo parado me fez perceber que realmente é isso que eu quero, senti muita saudade daqui. Hoje estamos ansiosos para voltar a treinar”, afirmou Fabrício Farias. 

Fabrício Farias briga por vaga nas duplas mistas ao lado de Jaqueline Lima e tem chances mais remotas nas duplas masculinas com o irmão Francielton Farias. A expectativa é que até o mês de março reiniciem as competições nacionais e internacionais e assim eles possam voltar a pontuar no ranking das américas. 

As olímpiadas de Tóquio-20 iniciam no dia 23 de julho e vão até o dia 8 de agosto. O único representante do estado classificado até agora é o paratleta Luís Carlos Cardoso. 

 


Pâmella Maranhão 
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