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Preparando reformulação, Vasco encara Goiás em busca de "milagre"

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Virtualmente rebaixado para a Série B do Brasileirão, o Vasco quer reformular o elenco para a disputa da competição e para se adequar à nova realidade financeira, mas precisará resolver a situação de contratos de longa duração. 

Foto: Rafael Ribeiro/Vasco

Alguns destes vínculos têm vencimentos mensais altos e que não corresponderam às expectativas na atual temporada.

Mas enquanto isso, o time cruzmaltino ainda disputa a última rodada do Campeonato Brasileiro nesta quinta-feira (25), às 21h30, contra o Goiás em São Januário.

O Vasco tem remota chances de permanecer na elite nacional. Precisa ganhar, torcer por derrota do Fortaleza para o Fluminense e ainda tirar uma diferença de 12 gols de saldo.

Como a permanência na Série A já é pouco considerada, jogadores experientes, como Fernando Miguel, Werley e Leandro Castan, estão, por exemplo, entre os casos a serem avaliados individualmente pela diretoria.

Indicado pelo ex-técnico português Ricardo Sá Pinto, Carlinhos também é outro com vínculo extenso e que não encheu os olhos dos torcedores. Os demais são jovens oriundos da base e que deverão ser mantidos ou emprestados para ganhar bagagem.

Há outros com contratos até o fim de 2021, e que também passam por avaliações. Um, porém, que já despertou um consenso interno pela não continuidade é o atacante colombiano Gustavo Torres, emprestado pelo Atlético Nacional (COL). 

Com alguns problemas extracampo e sem corresponder dentro das quatro linhas, ele deverá ser devolvido antes do prazo, uma vez que o vínculo só se encerrará em 31 de dezembro.

Quem também encerra seu vínculo em dezembro é o artilheiro Germán Cano. O Vasco tinha o desejo de renovar, mas, com a queda à Série B, o cenário muda um pouco de figura.

Caso o argentino receba uma boa proposta, dificilmente o clube conseguirá mantê-lo, até porque, diante da drástica queda de receita que terá com a queda para a Série B, o Cruz-Maltino precisará equilibrar suas contas de alguma forma.

Inclusive, também em função disso, jovens como Talles Magno, Bruno Gomes e Ricardo Graça poderão ser negociados para se fazer caixa.

Entre os jogadores com contratos curtos e que se encerram na metade da nova temporada, Martín Benítez é o personagem de mais destaque. O meia, após uma longa novela, estendeu seu vínculo de empréstimo até 30 de junho com alguns gatilhos negociados com o Independiente (ARG), detentor de seus direitos econômicos.

Há a possibilidade dos Rojos de exercerem a cláusula de saída para outro time a partir de 1º de março, quando poderá negociar seus direitos econômicos. Caso surja uma proposta, o Vasco tem a prioridade para cobrir a oferta e, se isso não acontecer, o Cruz-Maltino fica com 15% do valor da venda.

Os vascaínos também têm a opção de compra ao fim do empréstimo mediante o pagamento de cerca de US$ 3,75 milhões (cerca de R$ 20,5 milhões), algo que se torna ainda mais fora da realidade após o rebaixamento. Portanto, a grande tendência é que Benítez esteja em seus últimos capítulos pelo clube.

Outros que estão perto do encerramento dos vínculos são Marcelo Alves, Neto Borges, Henrique, Leo Gil e Ygor Catatau. Destes, apenas Marcelo Alves, que está emprestado pelo Madureira, obteve um consenso de que merece ficar por mais tempo. Os outros todos terão seus casos avaliados.

Jogador mais antigo do atual elenco, porém contestado muitas vezes pelos torcedores, Henrique tem contrato até 2 de agosto e algumas pessoas ligadas ao seu staff entendem que é chegado o momento do lateral esquerdo mudar de ares.

Com a missão de ser o homem a ficar na linha de frente nas negociações, o diretor-executivo Alexandre Pássaro esteve reunido na última segunda-feira (22) com o presidente do clube, Jorge Salgado, os vices e o CEO Luiz Mello para tratar do planejamento para a próxima temporada.

Além de ter que lidar com estas questões contratuais do atual elenco, o dirigente também já mapeia o mercado em busca de reforços para a disputa da Série B. 

Não há, no momento, a intenção de contratar nenhum nome de grande impacto, e a ideia é montar um time competitivo dentro da realidade financeira do clube, com uma folha salarial consideravelmente menor que a da última temporada.

Quem também vive uma indefinição em relação ao futuro é o técnico Vanderlei Luxemburgo, que havia feito um contrato até o fim deste Campeonato Brasileiro.

Após o empate por 0 a 0 com o Corinthians que virtualmente rebaixou o Vasco, o treinador se colocou à disposição do clube para participar do "processo de reconstrução". 

Porém, ainda não há um consenso na diretoria sobre a continuar do experiente comandante, e não está descartada a possibilidade de se trazer um que tenha experiência em Série B.

Do outro lado, o Goiás está entre os três times já matematicamente rebaixados -Coritiba e Botafogo são os outros. O Esmeraldino, contudo, ainda pode melhorar na tabela e terminar o campeonato em 17º lugar, caso vença o Vasco -tem 37 pontos contra 38 dos cariocas.

BRUNO BRAZ
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) 

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