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Na Câmara, Gilberto destaca crise de leitos e nega retorno de Hospital de Campanha

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Foto: RobertaAline/CidadeVerde.com

O presidente da Fundação Municipal de Saúde, Gilberto Albuquerque, participou de audiência pública na Câmara de Teresina. Ele foi questionado pelos vereadores sobre a real situação da crise sanitária provocada pelo novo coronavírus.

Ao ser questionado sobre os Hospitais de Campanha, Gilberto Albuquerque descartou a possibilidade de retorno. Ele explica que a estrutura não é adequada para atender pacientes com covid-19. 

“Não tem possibilidade de reabrir porque hospital de campanha são estruturas improvisadas, com equipamentos inadequados e que devem ser usados por um curto período de tempo. A recomendação é que seja de 30 a 90 dias e seja dada uma solução definitiva. Quando chegamos na Fundação já sabíamos disso. Tecnicamente são inadequados para tratar paciente covid-19. Pegamos o hospital de campanha e colocamos em um hospital fixo, que é o Hospital do Monte Castelo com estrutura adequada, com energia, oxigênio, rede hidráulica e equipamentos para se tratar paciente covid-19. Esses pacientes covid-19 são muito graves. Se forem tratados em uma estrutura improvisada, com equipamentos inadequados, a chance de sobreviverem é quase nada. 

Gilberto Albuquerque destacou a dificuldades de acesso a material como luvas e medicamentos. “Todo dia abrimos mais algum leito conforme a demanda. Estamos em uma situação com menos de 90% da ocupação. Mas o covid é tão imprevisível que mesmo prevendo isso, ainda consegue nos surpreender. Sempre tentamos um passo a frente. Hoje vislumbramos a falta de equipamentos adequados, se a demandar aumentar, porque o que temos já está exaurido. Temos luvas que o mercado não tem  mais para vender. Vamos ter dificuldades no material de manter o paciente entubado, dormindo, sem dor e relaxado a musculatura. A indústria mundial tem dificuldades de produção”, destacou.

Sobre a vacina, Dr. Gilebrto afirma que o processo de imunizaçãos e encontra em “pleno vapor”. “Em pleno favor. Deveremos receber mais um lote e iniciar para os idosos de 85 para frente. Ainda não sabemos quantas doses virão e quais as regras para esse novo lote. Se poderemos usar a dose reserva ou não. Isso tudo faz diferença quando vamos planejar a execução. Apesar de termos planejado antes, mas até que idade vamos atingir, dependerá do número de doses”, disse. 

O líder do prefeito na Câmara, vereador Renato Berger (PSD), afirma que o momento foi importante para a Casa conhecer a realidade da crise na cidade. 

“É importante que todos os vereadores e vereadoras conheçam e estejam cientes da real situação da covid-19 hoje. É importante saber como a Fundação Municipal de Saúde atua, hoje, diante dos problemas que vemos todos os dias nos meios de comunicação. Uma UTI que tinha um valor antes, agora é um valor muito maior. Queremos saber a situação financeira da Fundação. Basicamente é isso. E entendermos a situação e como é tratado”, disse.

Lídia Brito
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