Na primeira entrevista de um parente próximo da estudante de Medicina Tallyne Teles, o tio José Vasconcelos, policial federal, falou em nome da família sobre a morte da estudante, que completa nove dias nesta segunda-feira (16). Em conversa com o repórter Douglas Cordeiro, ele refutou as hipóteses de relação entre o fato e a sua profissão, ou até mesmo crime passional, como chegou a ser veiculado em outros meios de comunicação. Vasconcelos também falou do drama vivido pelos familiares nas últimas duas semanas.
Tallyne é descrita pelo tio como uma pessoa muito tranquila. Na noite do dia 6 de março ela saiu de casa para fazer comprar em um supermercado e depois iria se encontrar com amigas de faculdade. De acordo com Vasconcelos, a mãe Fátima e o irmão Talleyrand foram dormir tranquilos, mas ficaram desesperados quando notaram a ausência da jovem em seu quarto pela manhã.
"Nós corremos para tomar as medidas necessárias, avisar para os distritos", disse Vasconcelos, que foi o primeiro da família a ser informado do surgimento de um corpo em Buriti dos Lopes, por volta de 12h de sábado. "A nossa esperança até então é que fosse um outro fato, porque é uma situação anormal sair daqui e o corpo aparecer horas depois (em outro local)", declarou o policial federal. A família acreditava em sequestro relâmpago.
Vasconcelos refutou qualquer relação entre sua profissão ou a morte da empresária Lúcia Santos, na semana passada. As especulações de que a filha teria um caso até hoje transtornam. "Isso machuca a familia, mas é como o secretario Robert (Rios) fala: a pior das mulheres, morrer dessa forma, não poderia. O ser humano é terrível, especula. Mas foi mera coincidência o fato de eu ser um policial e esse outro episódio um dia depois", garantiu.
O policial federal fala da sobrinha como "a boneca da casa", muito dedicada aos estudos, e que jamais dormiu fora de casa. "Imagina uma mãe, que tem uma filha que é um bebezão, caseira. Imagina como não está essa mãe, esse pai, esse irmão?", indagou Vasconcelos. O pai, que é médico no interior do Estado, não deixou de trabalhar, mesmo abalado.
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