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Família expulsa de casa por facção é escoltada pela PM e abandona imóvel

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Foto: Tiago Melo/TV Cidade Verde

Policiais militares precisaram escoltar, no final da manhã desta quinta-feira (13), a família que foi expulsa de casa durante a madrugada por uma facção criminosa na Vila Bom Jardim, zona região do Promorar, zona sul de Teresina. O casal e a filha de 12 anos foram ao imóvel para retirar os pertences e documentos que restaram após, pelo menos, 15 homens invadirem o local durante a madrugada.

Com medo de represálias, a família resolveu deixar a casa em definitivo e se mudar para o interior do Estado.

O Cidadeverde.com apurou que uma briga de vizinhos e uma suposta acusação de furto  teria motivado a ação dos membros da facção que atua na região, que foram ao local aplicar uma espécie de disciplina do 'Tribunal do Crime'.

A acusação é negada pela família, que mora há quatro anos no imóvel e diz que essa é a primeira vez que tem conflitos.

"É dor demais no coração, a gente estar no trabalho todo santo dia e acontece uma coisa dessa comigo. Até minhas compras levaram tudo. Só deixaram água na geladeira", desabafou o servente de pedreiro, Francisco Pereira da Silva.

Foto: Tiago Melo/TV Cidade Verde

A família deixou para trás móveis e eletrodomésticos, como fogão e geladeira, mas não pretende voltar ao local temendo pela própria vida.

"Eu prefiro a minha vida, porque as coisas Deus me dá força e eu consigo outras", disse o servente de pedreiro.

A Polícia Militar diz que a situação vivenciada na Vila Bom Jardim  é comum nas áreas dominadas por facções criminosas. "Eles julgam, condenam e dão a decisão que acham conveniente", destacou o capitão Fernando Lima, da Companhia Independente do Promorar.

A Secretaria de Segurança Pública determinou que o Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) apure a situação relacionada à família expulsa de casa na Vila Bom Jardim.

O secretário de Segurança, coronel Rubens Pereira, também informou que operações estão sendo planejadas para a região, com objetivo de identificar os supostos membros das organizações criminosas.

"Queremos, objetivamente, transmitir para a população que a ordem é feita pelo estado, através do seu sistema de segurança pública. Não é a população, com as próprias mãos, que vai fazer justiça", disse o secretário.

Natanael Souza
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